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Starbucks e Subway: o que vai acontecer com as lojas no Brasil?

Por Biznews

22/11/2023 às 08:19:48 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

Três anos consecutivos de declínio nas vendas marcam o histórico recente da SouthRock. No ano de 2020, impactado pela pandemia, a empresa registrou uma queda expressiva de 95% nas vendas, enfrentando ainda a inadimplência de parceiros comerciais incapazes de cumprir com suas obrigações financeiras. Em 2021, a empresa relatou uma redução de 70% nas vendas, seguida por uma queda adicional de 30% em 2022, culminando no pedido de recuperação judicial.

A SouthRock, fundada em 2015, inicialmente focada na gestão, desenvolvimento e operação de marcas de alimentos e bebidas no Brasil, expandiu suas operações a partir de 2017 com a inauguração das primeiras lojas de aeroporto pela Brazil Airport Restaurants. Em 2018, a empresa obteve licença para operar as franquias Starbucks e TGI Fridays no Brasil, ampliando sua presença principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A expansão continuou em 2019, abrangendo estados como Santa Catarina, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. Em 2022, a SouthRock adquiriu os direitos de operação do centro gastronômico Eataly e assumiu a gestão do Subway no Brasil, somando 187 lojas da Starbucks sob sua administração.

Contudo, a situação atual revela uma redução no número de lojas em operação, com relatos não confirmados de 43 lojas da Starbucks fechadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre desde outubro, totalizando 144 lojas ainda ativas. A Starbucks global, por sua vez, pediu a rescisão da licença à SouthRock para operar no Brasil.

Em resposta, a SouthRock alega estar ajustando seu modelo de negócios à realidade econômica, revisando o número de lojas, funcionários, calendário de aberturas e mantendo alinhamentos com fornecedores e parceiros. Apesar da incerteza quanto ao futuro das operações da Starbucks no Brasil, a empresa busca manter a marca pelo menos durante o processo de recuperação judicial.

No âmbito jurídico, o pedido de recuperação judicial foi inicialmente negado pela Justiça de São Paulo em 1º de novembro, alegando falta de evidências que comprovassem a situação financeira alegada pela SouthRock. No entanto, uma semana depois, o pedido de tutela de urgência foi atendido, temporariamente protegendo parte do patrimônio da empresa. Uma perícia preliminar indicou a necessidade da recuperação judicial para salvaguardar a empresa de seus credores, bloqueando R$ 5 milhões por solicitação destes últimos. A recuperação judicial visa oferecer à empresa em dificuldades financeiras um período para negociar com seus credores, congelando as dívidas por pelo menos 180 dias e permitindo a continuidade de suas operações sob supervisão judicial.

Nota da SouthRock Capital na íntegra:

Ao longo dos últimos três anos, desde que a pandemia da covid-19 transformou drasticamente a vida de todos ao redor do mundo, incontáveis empresas, incluindo varejistas, têm sido vistas lutando para manter suas operações. Os desafios econômicos no Brasil resultantes da pandemia, a inflação e a permanência de taxas de juros elevadas agravaram os desafios para todos os varejistas, incluindo a SouthRock.

Neste cenário, a SouthRock segue comprometida a defender a sua missão e seus valores, enquanto entra em uma nova fase de desafios, que exigiu a reestruturação de seus negócios para continuar protegendo as marcas das quais tem orgulho de representar no Brasil, os seus Partners (colaboradores), consumidores e as operações de suas lojas.Continua após a publicidade

O processo de reestruturação da SouthRock já começou, com o apoio de consultores externos e stakeholders. Mas, o trabalho deve continuar, então a SouthRock solicitou recuperação judicial para proteger financeiramente suas operações no Brasil atrelado a decisões estratégicas para ajustar seu modelo de negócio à atual realidade econômica. Por uma decisão de negócios, tomada em conjunto com seus parceiros comerciais, a marca Subway não faz parte do pedido de recuperação judicial.

Neste momento, o pedido está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o qual já concedeu tutela de urgência à SouthRock, antecipando parte dos efeitos da recuperação judicial.

Os ajustes às marcas já previstos pela SouthRock incluíram a revisão do número de lojas operantes, do calendário de aberturas, de alinhamentos com fornecedores e stakeholders, bem como de sua força de trabalho tal como está organizada atualmente.

Enquanto esses ajustes estruturais são implementados, todas as marcas continuarão sendo operadas pela SouthRock, entregando os produtos exclusivos e as experiências únicas que cada uma delas oferece aos consumidores que visitam suas lojas todos os dias.

Fonte: Uol

Fonte: Biznews
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