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CPI dos Atos Antidemocráticos do DF encerra depoimentos; relatório será votado no dia 29 de novembro

O relatório final da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) foi apresentado e deve ser aprovado no dia 29 de novembro, conforme adiantou o presidente da Comissão, Chico Vigilante (PT).

Por Da Redação

16/11/2023 às 22:31:38 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

O relatório final da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) foi apresentado e deve ser aprovado no dia 29 de novembro, conforme adiantou o presidente da Comissão, Chico Vigilante (PT). A expectativa é que o relatório do deputado Hermeto (MDB) traga avanços em relação ao documento aprovado na CPMI do Congresso, que já apontou o indiciamento da cúpula da Segurança Pública do Distrito Federal.

O presidente da CPI que desde o início defendia que as investigações alcançarem o ex-presidente Bolsonaro (PL) afirmou na última oitiva da Comissão que aconteceu nesta quinta-feira (16) que houve avanço em relação aos financiadores da tentativa de golpe. O deputado Chico Vigilante informou que a CPI recebeu a confirmação de que o indígena bolsonarista cacique Serere foi financiado por ruralistas e empresários e teria recebido mais de R$ 85 mil em sua conta.

"Estamos com as provas na CPI desse financiamento que houve para esse grupo de pessoas aqui em Brasília", afirmou Chico Vigilante, destacando que a responsabilização de quem financiou os atos de 8 de janeiro seria um avanço da CPI dos Atos Antidemocráticos. O presidente da CPI afirmou ainda que acredita que o relatório está com os indiciamentos necessários e articula os votos necessários para a aprovação.

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A Comissão tem sete membros titulares e para aprovação do relatório é preciso ter apoio de quatro deputados. Além de Vigilante e Hermeto, também são titulares da CPI os deputados Fábio Félix (PSOL), Jaqueline Silva (MDB), Robério Negreiros (PSD) e Joaquim Roriz (PL). Outros sete deputados são suplentes, dentre eles Gabriel Magno (PT) e Max Maciel (PSOL).

A CPI dos Atos Antidemocráticos teve sua primeira reunião em 14 de fevereiro. Ao todo foram 31 depoentes ouvidos, dentre generais do Exército, coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), demais integrantes da cúpula da Segurança do DF e empresários. No total, foram 212 requerimentos protocolados, sendo 137 aprovados.

Voto em separado

Titular da comissão e responsável pelos requerimentos de diversos depoentes da CPI, o deputado Fábio Felix indicou que pode apresentar um voto separado, caso o relatório de Hermeto não traga todos os responsáveis pelos atos como indiciados. "Caso o relatório final não cumpra as expectativas e não dê conta da gravidade do que foi o 8 de janeiro, vamos apresentar um voto em separado, com voto alternativo", adiantou Felix.

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"Acho que pode ser sim um instrumento para não deixar a própria CPI num constrangimento de não indiciar figuras chaves nesse processo de tentativa de golpe", defendeu também o deputado Gabriel Magno, que apesar de ser suplente teve uma participação ativa na Comissão.

"A gente viu durante todo o processo de investigação a responsabilidade do ex-presidente Bolsonaro do seu clã familiar e grupo político de como estava orquestrado esse processo. E a extrema direita tenta fazer uma narrativa contraditória, porque ao tentar inocentar os manifestantes dos acampamentos eles dizem que quem quebrou veio de fora do DF o que comprova a culpa do Bolsonaro nessa mobilização", avaliou Gabriel Magno.

Chefe da Inteligência da PMDF

O coronel da PMDF Reginaldo de Souza Leitão, que chefiava o Centro de Inteligência da corporação durante o 8 de janeiro, prestou depoimento nesta quinta-feira (16) e confirmou que a Corporação tinha conhecimento de comportamentos agressivos de bolsonaristas antes das invasões.

De acordo com o depoente, entre os dias 7 e a manhã do dia 8 de janeiro o Centro de Inteligência da PMDF identificou centenas de "mensagens agressivas" de manifestantes que convocaram para os atos na Praça dos Três Poderes. "Essas informações eram repassadas a todo momento para o comando da operação", informou o coronel Leitão, destacando que entre esses dois dias houveram mais de mil mensagens postadas no grupo da inteligência da PMDF.

"Ao longo do dia 7 foram identificadas falas de teor mais agressivo" narrou o depoente, acrescentando que "no dia 8 pela manhã estava uma situação mais tranquila, mas a partir de umas 10 da manhã nós conseguimos por meio da inteligência e dos nossos agentes que estavam no local nos identificamos um comportamento mais agressivo". Segundo ele, havia pequenos grupos com comportamento mais agressivo, pessoas com uniforme camuflado e até máquinas de eletrochoque.

O coronel Leitão foi convocado para a CPI por estar em um grupo de WhatsApp para acompanhar as manifestações de 8 de janeiro, junto com membros da Secretaria de Segurança Pública e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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