Economia Agro

Inflação do azeite dispara, acumula alta de 25,62% no ano e preços devem continuar a subir

Mercado aquecido no Brasil tem atraído empresas estrangeiras de olho em ganhar participação de mercado

Por Biznews

12/11/2023 às 05:43:32 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

À medida que a inflação no Brasil desacelera, acumulando um aumento de 3,75% de janeiro a outubro, o preço médio do azeite de oliva aumentou quase sete vezes mais no mesmo período, atingindo 25,62%. Somente em outubro, o produto teve um acréscimo médio de 5,32%, contribuindo para um aumento de 0,24% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O custo do óleo tem impactado os orçamentos familiares, e a expectativa é de que os preços permaneçam elevados nos próximos meses devido aos desafios na safra global.

Como toda commodity, a formação de preços do azeite ocorre no mercado internacional, onde a Europa detém 75% da produção mundial. A safra global de 2022 foi a pior da história, apresentando uma queda de 26% em comparação com o padrão histórico. Embora houvesse expectativas de melhora em 2023, isso ainda não se concretizou.

"Secas intensas, escassez de chuvas e temperaturas médias mais altas estão criando um cenário incerto para a agricultura", afirma Scandola.

Outro desafio que tem afetado a produção de azeite é a presença da bactéria Xylella, que afeta as oliveiras, levando as árvores a secarem. De acordo com Scandola, esses problemas se somam aos custos industriais, energéticos e de embalagens.

"Desde o início do ano, o custo do azeite aumentou 50%, chegando a uma alta de 69% nos últimos 12 meses na Espanha e na Itália, os dois maiores produtores globais. Isso tem levado a uma redução no consumo. No Brasil, pesquisas de mercado indicaram um crescimento nas vendas no varejo de azeite de 1,7% até setembro, demonstrando a paixão dos brasileiros pelo produto", destaca.

Entretanto, o aumento das vendas no Brasil será acompanhado por elevações nos preços, conforme Scandola observa que os processos de encarecimento e redução dos valores chegam com certo atraso ao país. Por exemplo, em agosto e setembro, o aumento do custo do azeite na Europa atinge 30%.

Como o quarto maior mercado consumidor de azeite do mundo, o Brasil tem atraído empresas estrangeiras em busca de uma parcela desse mercado. A Filippo Berio, que chegou ao país em 2020, cresceu significativamente, aumentando seu volume de produtos vendidos em 115% até 2022 e quadruplicando sua participação de mercado, passando de 1% para 4%.

Scandola destaca que a empresa exporta para 75 países, tinha uma presença modesta no Brasil e reconheceu o potencial do país como um mercado relevante. A empresa tem uma meta ambiciosa de se tornar uma das três marcas mais vendidas no mercado brasileiro, atualmente dominado por rótulos espanhóis e portugueses.

"Apesar de sermos uma referência mundial em azeite, lançamos duas categorias de produtos no Brasil – uma linha de molhos pesto e uma linha de molhos de tomate. Queremos ser embaixadores do azeite e da culinária italiana", afirma.

Fonte: Exame

Fonte: Biznews
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