Rozélia Maria Martins Caldas foi morta a tiros em 7 de janeiro. A defesa dos acusados preferiu não se manifestar.
A Justiça definiu que José Dirceu Caldas, de 61 anos, e o filho dele, Jonatas Caldas, de 39 anos, vão a júri popular. Eles são acusados de matar a empresária Rozélia Maria Martins Caldas, de 50 anos. Ela era ex-esposa de José Dirceu e ex-madrasta de Jonatas.
A decisão, da juíza Débora Cassiano Redmond, ocorreu na terça-feira (26).
Rozélia foi morta a tiros no dia 7 de janeiro, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Conforme investigações, o crime ocorreu porque o ex-marido não aceitava a separação e o novo relacionamento da vítima.
Ainda não há data prevista para o júri. Pai e filho estão presos preventivamente.
"Há indicativos de que os réus teriam causado a morte da ex-esposa de JOSÉ DIRCEU CALDAS em razão do seu inconformismo com o término do relacionamento, bem como por não aceitar que a vítima já estivesse novo interesse amoroso", diz o trecho do documento expedido.
Ainda de acordo com a denúncia, os suspeitos arquitetaram o delito, de forma premeditada, fazendo crer que o novo companheiro da vítima havia cometido o crime.
Os advogado dos suspeitos informou que a decisão ainda cabe recurso e que não desejam se manifestar.
Em nota, o advogado Jackson Bahls disse que a família de Rozélia continuará lutando por justiça.
"Que a justiça seja alcançada no plenário do tribunal do júri de Araucária, com a condenação dos criminosos com todas as qualificadoras e causas de aumento", diz a nota.
O crime
Em 7 de janeiro, a Polícia Militar (PM-PR) foi até a entrada principal da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, após receber uma denúncia de tiros na região. Ao chegar, a polícia encontrou o corpo da vítima baleado.
Rozélia foi atingida com um tiro na cabeça e morreu na hora, segundo a polícia. A equipe médica foi acionada e constatou o óbito.
Uma câmera de segurança no local onde a vítima foi assassinada mostra Rozélia fugindo enquanto Jonatas Caldas corre atrás dela. Em seguida, há um clarão que, segundo a polícia, é dos disparos.
Em 4 de janeiro, policiais civis cumpriram mandados de busca nas residências dos suspeitos e apreenderam documentos e aparelhos eletrônicos que, segundo a investigação, comprovam o crime.
Os dois foram presos em 16 de janeiro no bairro Tatuquara, em Curitiba.
Conforme a polícia, o carro utilizado para abordar a vítima na noite do feminicídio foi encontrado em Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba , e outro veículo, utilizado para a fuga, estava em um posto de gasolina em Curitiba.
Os veículos foram apreendidos.