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Soldado dos EUA é libertado após dois meses na Coreia do Norte

Travis King, um soldado norte-americano que foi detido em julho por entrar na Coreia do Norte após cruzar intencionalmente e sem autorização a Área de Segurança Conjunta, um vilarejo na fronteira entre as duas Coreias, foi libertado e está indo para casa.

Por Da Redação

27/09/2023 às 17:18:26 - Atualizado há

Travis King, um soldado norte-americano que foi detido em julho por entrar na Coreia do Norte após cruzar intencionalmente e sem autorização a Área de Segurança Conjunta, um vilarejo na fronteira entre as duas Coreias, foi libertado e está indo para casa. O anúncio foi feito por autoridades nesta quarta-feira (27), e a transferência foi possível graças à colaboração entre a Suécia, uma aliada de Washington, e a China, que é considerada uma rival. As informações são da agência Associated Press.

A Coreia do Norte surpreendeu ao anunciar a expulsão de King, apesar de algumas expectativas de que a fechada nação poderia mantê-lo detido como uma moeda de troca em um momento de tensões elevadas com os Estados Unidos.

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, emitiu um comunicado confirmando que as autoridades dos EUA asseguraram o retorno do soldado. Ele também agradeceu à equipe que “trabalhou incansavelmente em prol do bem-estar do soldado King”.

Soldados sul-coreanos vigiam a fronteira em Panmunjeom, na zona desmilitarizada entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul (Foto: WikiCommons)

As autoridades não têm certeza do motivo preciso pelo qual Pyongyang optou por expulsar King, mas suspeitam que tenha sido por conta da baixa patente militar do soldado e pelo fato de ele não representar um valor significativo em termos de influência ou informações. Um funcionário, que preferiu não se identificar, sugeriu que os norte-coreanos talvez tenham considerado que manter King, que tem 23 anos, seria mais problemático do que simplesmente liberá-lo.

Autoridades suecas escoltaram King até a fronteira com a China, onde ele foi recebido pelo embaixador dos Estados Unidos na China, Nicholas Burns, juntamente com o embaixador sueco na China e, pelo menos, um funcionário do Departamento de Defesa dos EUA. O governo Biden enfatizou que não cedeu a nenhuma demanda da Coreia do Norte para garantir a libertação do soldado.

King tinha histórico de indisciplina. Em 2021, ele foi preso por 47 dias em um centro de detenção sul-coreano após uma suposta briga em uma boate e uma discussão com a polícia em Seul, onde ele teria chutado a porta de uma viatura.

Anteriormente, a Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) relatou que King admitiu entrar ilegalmente no país devido a “má conduta desumana e discriminação racial” que ele alegou ter sofrido no Exército dos EUA.

O soldado estava se sentindo bem-humorado e saudável quando foi libertado, conforme informou um alto funcionário do governo. Ele será transportado para o Centro Médico Militar Brooke em Fort Sam Houston, no Texas, e estava previsto que chegaria durante a noite (horário local), de acordo com autoridades.

A China ajudou na transferência de King da Coreia do Norte, mas não teve um papel de mediação ativa, de acordo com um funcionário dos EUA.

A mãe de King, Claudine Gates, expressou profunda gratidão pelos esforços feitos para libertar seu filho.

Fonte: A Referência
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