Política Impeachment

Lindbergh Farias protocola projeto que anula impeachment de Dilma, após fala de Lula

Por Esmael Morais

29/08/2023 às 13:46:11 - Atualizado há
Lindbergh, Gleisi e Dilma. Foto: Roberto Parizotti/ CUT

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou um projeto de resolução no Congresso Nacional com o objetivo de anular o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A iniciativa ocorre em resposta à recente entrevista coletiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na África, que chamou a atenção para a necessidade de reparar a injustiça enfrentada por Dilma, após a Justiça Federal em Brasília absolvê-la das acusações relacionadas às "pedaladas fiscais".


O projeto que anula o impeachment ainda traz as assinaturas dos também deputados Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu, presidente nacional e líder do PT na Câmara, respectivamente, e do senador Randolfe Rodrigues (sem partido), líder do governo no Congresso.


No seu anúncio no Twitter, Lindbergh Farias afirmou:

"Acabo de protocolar projeto de resolução para anular o impeachment de @dilmabr no Congresso Nacional. Assinam comigo @randolfeap, @gleisi, @zeca_dirceu e outros. Vamos reparar uma injustiça histórica contra uma presidenta honrada e honesta que nunca cometeu crime!"


A declaração é uma referência ao processo de impeachment que ocorreu em 2016 e que destituiu Dilma Rousseff da Presidência da República.


Lula, que se encontrava em Luanda, na África, quando fez a coletiva de imprensa, abordou a absolvição de Dilma pela Justiça Federal, destacando que a ex-presidente foi inocentada das acusações de "pedaladas fiscais".


Ele enfatizou a necessidade de reparação e questionou como corrigir uma situação na qual alguém foi julgado por algo que nunca ocorreu:

"Quero saber como reparamos algo que foi julgado por algo que nunca aconteceu", afirmou Lula.


O discurso de Lula também ressaltou a relevância histórica da questão, apontando para o fato de que Dilma Rousseff foi vítima de um impeachment controverso que gerou debates sobre os limites e critérios para esse tipo de processo político.


A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) de manter o arquivamento do caso das "pedaladas fiscais" foi um marco que reacendeu as discussões sobre o processo de impeachment e suas implicações.


A justificativa do tribunal foi que os réus não foram devidamente individualizados e que as condutas não foram especificadas de forma a qualificar um ato de improbidade administrativa.


A proposição de Lindbergh Farias abre espaço para debates mais amplos sobre os processos políticos passados, a justiça política e a possibilidade de retificar situações consideradas injustas.


Como Lula ressaltou em sua entrevista, a decisão de anular o impeachment não só envolve a figura de Dilma Rousseff, mas também traz à tona reflexões sobre a condução política e as repercussões de um processo tão significativo.


À medida que o Brasil avança nas discussões sobre o projeto de anulação do impeachment e os desdobramentos da fala de Lula, o Blog do Esmael ressalta que Dilma foi vítima de um golpe de Estado, em 2016, e é isso que Lindbergh Farias e Lula buscam reparação fazendo justiça tardia.


A derruba da ex-presidente teve como objetivo as privatizações de setores estratégicos, como o energético, a disputa pelo petróleo e o orçamento da União.


O impeachment de Dilma foi armado pela velha mídia corporativa – Globo, Veja, Estadão, et caterva – em conluio com bancos e setores lavajatistas do judiciário.

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