A Polícia Federal informou, nesta terça-feira (22), que foi instaurado um inquérito policial para investigar as causas do apagão ocorrido na última terça-feira (15) em quase todo o país. A motivação é a suspeita de que possa ter havido sabotagem no suposto acidente.
Em nota, a PF disse que a investigação corre em sigilo e "apura os crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública".
O apagão deixou 25 estados e o Distrito Federal sem luz. A situação só foi normalizada totalmente após seis horas de falta de energia. Dentre todo o país, apenas Roraima escapou da escuridão, pois não é interligada ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
Ministro pediu investigação
No dia do ocorrido, o ministro de Minas e Energia. Alexandre Silveira, ventilou a possibilidade de uma sabotagem ter causado o apagão. "O que aconteceu hoje, é importante dizer, é extremamente raro. O ocorrido hoje absolutamente nada tem a ver com o planejamento do sistema e a geração de energia", declarou.
Silveira pediu por uma investigação da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele explicou que tem "absoluta convicção de que o ONS, até pela sua característica técnica, não vai ter condição de dizer textualmente se esses eventos foram eminentemente técnicos, ou se houve também falha humana ou até dolo".
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) elaborou um relatório técnico que identificou a origem do apagão: a linha de transmissão de Quixadá-Fortaleza, no Ceará, de propriedade da Eletrobras Chesf. No entanto, o próprio órgão admitiu que "o evento em si não teria sido suficiente para causar a interrupção de energia elétrica observada no incidente".
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