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Greve de professores

Professores de Curitiba decidem manter greve; não haverá aulas nesta sexta

Secretaria Municipal de Educação não respondeu se crianças terão dia normal de aula nas escolas da rede


Professores de Curitiba decidem manter greve nesta sexta. Foto: Sismmac

O magistério de Curitiba decidiu estender a greve iniciada nesta quinta-feira (17). Nesta sexta (18), portanto, professores e professoras do município continuam a paralisação deflagrada contra o plano de carreira da categoria, já na pauta da Câmara Municipal. A votação começa na segunda (21).

De acordo com a Secretaria Municipal da Educação (SME), pelo menos 165 das 185 escolas do município tiveram atendimento neste primeiro dia de greve. A nota não deixa claro se todos os alunos tiveram aulas normais. Em muitas unidades, há relatos de aulas improvisadas. A Prefeitura confirmou que na maior parte dos casos, a adesão é parcial, e onde faltam docentes, a prefeitura remaneja. O sindicato que representa as professoras, o Sismmac, diz que a adesão foi bem maior.


A secretaria foi questionada, mas não respondeu se pais e mães devem mandar filhos para as unidades nesta sexta. Após assembleia com professores na tarde desta quinta, o sindicato disse esperar uma adesão ainda maior de servidores no segundo dia do movimento, apesar de decisão da Justiça que considerou ilegal a paralisação.


No dia 7 de agosto, liminar assinada pelo desembargador substituto Marcelo Wallbach Silva acatou recurso interposto pelo município contra a paralisação. A prefeitura alegou falta de plano para manutenção das atividades essenciais para os dias de paralisação, o que tornaria "a greve ilegal", com violação à Lei Geral de Greve. "A decisão do TJ estabelece ainda que 100% dos profissionais do magistério deverão cumprir as suas atividades normalmente, em todas as unidades escolares do Município", afirma nota encaminhada pela SME no fim da tarde desta quinta.


A mobilização do Sismmac é contra o plano que vai reformular a carreira da categoria. O texto, assim como os demais projetos de reforma do funcionalismo de Curitiba, começa a ser analisado pelos vereadores na próxima segunda. O sindicato afirma que o PL do magistério vai limitar a ascensão dos professores e desestimulá-los. "Da forma como está, é como se mantivessem a maioria dos professores sem plano de carreira", disse uma das diretoras da entidade, Jokasta Pires Vieira Ferraz.


A principal crítica é contra os critérios adotados pela gestão Rafael Greca (PSD) para promover os docentes. O crescimento horizontal – dado conforme o acúmulo de cursos pelo servidor – será limitado a 20% do quadro de professores e será aplicado em anos alternados. O crescimento horizontal, por títulos de especialização, mestrado e doutorado, será fixado em 5% do quadro, também com processos bianuais.


"Depois de sete anos sem plano de carreira, temos professores há mais de dez anos ainda ganhando o salário inicial. No contexto de hoje, Curitiba paga menos do que outras cidades da região metropolitana", afirma a diretora. Em nota, a prefeitura diz que foram realizadas reuniões com o magistério e também com outras categorias, a partir das quais foram feitos ajustes nos projetos encaminhados ao Legislativo, conforme "o zelo necessário do ponto de vista econômico e financeiro do Município". "Durante o trâmite do processo legislativo na Câmara, novas sugestões podem ser incorporadas aos projetos de lei", traz a nota.


Os planos de carreira do funcionalismo de Curitiba estão congelados desde 2017. A suspensão foi um pedido de Greca aprovado pelos vereadores dentro de um programa de austeridade fiscal que também tinha como proposta a redução de cargos comissionados. No entanto, a promessa de diminuir as livres nomeações não foi cumprida.

Plural Curitiba

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