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Campos Neto alerta para trajetória de gastos públicos e se diz contra taxar o pix

Em almoço ontem da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Roberto Campos Neto alertou para as projeções dos gastos públicos para os próximos três anos de governo Lula.

Por Da Redação

16/08/2023 às 18:09:00 - Atualizado há

Em almoço ontem da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Roberto Campos Neto alertou para as projeções dos gastos públicos para os próximos três anos de governo Lula. Segundo ele, há uma “desancoragem” preocupante, que irremediavelmente aumentará a pressão por mais impostos. O presidente do Banco Central, porém, se manifestou contra a taxação do PIX — medida que vem sendo defendida por integrantes da equipe econômica. “A pergunta é como cobrar do setor informal? Será por meio de um imposto digital? Eu particularmente sou contra o modelo de CPMF, pois imposto sobre transação financeira você implementa e não sabe como termina (…) também causa distorção em cadeias produtivas mais longas”, afirmou. Campos Neto sugeriu que se avence na implementação da nota fiscal eletrônica, a fim de se mapear vendas feitas eletronicamente.

Responsável pelo voto de minerva que garantiu uma queda de 0.50 na taxa Selic na última reunião do Copom, o presidente do BC ressaltou que uma economia só consegue ter credibilidade com combate à inflação e estabilidade monetária. Ele repisou que inflação é o pior imposto e que “uma economia sem credibilidade, não há investimentos e não se gera emprego. Sem equilíbrio fiscal, não é possível obter juros baixos.” Campos Neto defendeu a reforma tributária, embora admita que há alguns ajustes necessários. Para ele, o texto aprovado na Câmara já ataca a complexidade do sistema, que afeta a eficiência da economia, busca equilibrar a relação tributária entre consumo e renda, assim como a carga sobre serviços e indústria. “O texto endereça grande parte dos problemas atuais.”

Por fim, Campos Neto evitou comentar novamente sobre o fim do rotativo do cartão de crédito, mas ressaltou que é preciso buscar uma saída para garantir a própria sobrevivência do sistema de pagamentos, considerando que hoje a inadimplência está em 52%. “É insustentável.”

Fonte: Jovem Pan
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