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Justiça

Bolsonarista réu pela morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu vai a júri em dezembro, decide juiz

Julgamento foi marcado para dia 7 de dezembro. Jorge Guaranho está preso há um ano. Marcelo Arruda foi baleado na própria festa de aniversário, que tinha como tema o PT e o presidente Lula.


Jorge Guaranho, o policial penal que matou petista em Foz do Iguaçu - (Reprodução/Reprodução)

O policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar Marcelo Arruda, ex- tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, vai a júri popular no dia 7 de dezembro de 2023. A definição da data é do juiz Hugo Michelini Júnior e foi divulgada nesta terça-feira (15).

O magistrado também determinou que o sorteio dos jurados seja feito no dia 20 de novembro, de forma virtual.

"Verifico que o presente feito atendeu durante o seu trâmite às exigências legais, apresentando todos os pressupostos processuais e condições gerais e específicas da ação penal. Por essa razão, saneado está o feito. Entendo que o processo está pronto para julgamento", afirmou o juiz.

A defesa de Guaranho disse, em nota, considerar importante que o julgamento pelo Tribunal do Júri ocorra logo para que o policial "possa provar a sua inocência" e reparar a "injusta" prisão".

Marcelo comemorava o aniversário de 50 anos, com familiares e amigos quando foi baleado pelo policial. A festa tinha como temática o Partido dos Trabalhadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O crime completou um ano no dia 9 de julho e, para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), teve motivação política.

Após o anúncio da data do júri, advogados que representam a família de Marcelo Arruda e atuam como assistentes de acusação disseram buscar a "integral reparação do mal causado".

"Que casos como este não mais se repitam, com a realização da mais pedagógica Justiça. A família aguarda uma atuação serena, técnica e equilibrada do Ministério Público, de comportamento irrepreensível", afirmam em nota.

Como tudo aconteceu

Guaranho invadiu a festa e os dois tiveram uma discussão. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Marcelo, que revidou a arma que usava por ser guarda municipal.

Marcelo foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022.

Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde agosto de 2022.

Ele é réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil perigo comum e irá a júri popular, conforme decisão da Justiça.

Marcelo deixou quatro filhos. Na época do crime, um deles tinha pouco mais de 40 dias.

G1

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