Política CPMI do 8 de Janeiro

Bolsonarista ironiza denúncias e leva bijuterias para deputada em CPI; veja

A deputada acusou Bolsonaro de receber pedras preciosas do "garimpo ilegal" durante visita a Teófilo Otoni (MG) e não as registrar

Por Sandy Mendes

09/08/2023 às 10:00:57 - Atualizado há
Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-RJ) ironizou, durante os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro desta terça-feira (8/8), a denúncia feita pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e a esposa dele, Michelle Bolsonaro, teria envolvimento em um suposto esquema com pedras preciosas.

A CPI ouve Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do DF, por omissão nos atos que acarretaram na depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília.


A deputada afirma que Bolsonaro recebeu pedras preciosas do "garimpo ilegal" durante visita a Teófilo Otoni (MG) e não as registrou. Segundo ela, as joias foram recebidas no dia 26 de outubro de 2022 em um envelope e uma caixa, durante ato de campanha.


Em afronta, Barros defendeu o ex-presidente e comprou as supostas pedras recebidas por Bolsonaro para presentear a deputada.


"Eu, deputado Felipe Barros, pedi pra minha assessoria ir hoje ali na feirinha que tem ali na Esplanada dos Ministérios. Está aqui. Fiz questão de comprar. Um topázio que paguei R$ 280,00. Um citrino que eu paguei R$ 320,00 e uma prasiolita que eu paguei R$ 90,00. Eu gostaria, inclusive, de ofertar essas pedras para a deputada Jandira, mas que infelizmente não se faz presente. Mas eu acredito que ela não gostaria porque as pedras são da cor da bandeira do Brasil, ela prefere o vermelho do que a bandeira do Brasil", disse.


De acordo com a parlamentar, a CPI recebeu mais de 46 páginas com os 1.055 presentes recebidos por Bolsonaro durante o mandato, mas as pedras preciosas não constam nessa lista porque, apontou, não foram cadastradas. A deputada Jandira Feghali afirmou que os emails analisados mostram que o então ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, teria orientado para que as pedras não fossem cadastradas, mas entregues pessoalmente a ele.


Feghali sugeriu ainda que as pedras supostamente recebidas seriam provenientes do garimpo ilegal.


O ex-presidente Jair Bolsonaro, se defendeu das acusações e usou uma matéria para rebater: "Há poucos dias fui caluniado por uma deputada do PCdoB, na CPMI, como tendo recebido diamantes para financiar atos antidemocráticos. Só no Brasil uma comunista, muito bem nutrida, que nunca passou fome na vida, fala em defender a democracia", escreveu.


Segundo ele, não se tratava de diamantes, e as pedras semipreciosas foram estimadas no valor de R$ 400,00.


Em resposta, a deputada Jandira respondeu Bolsonaro e disse que ele havia "confessado o crime ao admitir ter sido presenteado com as pedras". Ainda segundo ela, oos documentos recebidos pela CPI indicam que as pedras seriam "preciosas" e diz que, caso não sejam, o ex-presidente precisa provar isso.

Fonte: Metropoles
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