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Policial penal espirrou spray de pimenta em Daiane, diz polícia

Após 52 dias de investigação, a Polícia Civil concluiu o inquérito da morte de Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos.

Por Da Redação

19/07/2023 às 17:39:37 - Atualizado há

Após 52 dias de investigação, a Polícia Civil concluiu o inquérito da morte de Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos. Ela morreu em 28 de maio deste ano em frente a uma boate de Cascavel, no oeste do Paraná, depois de ser agredida por seguranças e atropelada por um carro.

De acordo com o delegado Fabiano Moza do Nascimento, responsável pela investigação do caso, foram ouvidas 15 testemunhas que ajudaram a desvendar o caso.

O motorista do carro que atropelou Daiane de Jesus foi interrogado e disse que saiu de casa com a namorada. Quando passou em frente à casa noturna, não viu que tinha uma pessoa caída na pista e pensou que fosse algum objeto ou animal.

No depoimento do condutor do carro, ele disse que o casal decidiu não parar para prestar socorro porque ficou com medo de ser agredido – o acidente foi presenciado por várias pessoas que tinha acabado de sair da balada.

Os dois seguranças que trabalhavam dentro da casa noturna também foram ouvidos durante o inquérito.

Daiane de Jesus foi agredida por seguranças e deixada na rua

Depois de analisarem mais de 12 horas de gravações das câmeras de segurança, os investigadores descobriram que o policial penal que fazia bico como segurança no dia da morte de Daiane de Jesus usou spray de pimenta nos olhos da vítima.

Com isso, Daiane ficou desorientada, foi para o meio da rua e caiu no asfalto. Em seguida, o policial penal ainda borrifa spray de pimenta mais duas vezes nos olhos da vítima, que não conseguiu se levantar a tempo e foi atropelada.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Daiane de Jesus Oliveira morreu por traumatismo cranioencefálico.

Acusados de matar Daiane de Jesus são indiciados

O inquérito policial foi finalizado nesta quarta-feira. O motorista que atropelou Daiane foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, por estar dirigindo acima da velocidade permitida na via. A pena para o crime é de 2 a 4 anos de prisão.

O policial penal foi indiciado por homicídio com dolo eventual, já que assumiu o risco de matar Daiane ao espirrar o spray na vítima e abandoná-la desorientada no meio da rua. Para esse caso, a pena pode variar de 6 a 20 anos.

Os dois seguranças que atuavam dentro da casa noturna e acompanharam a briga entre Daiane e o policial penal foram indiciados por omissão de socorro, com pena prevista de 1 a 6 meses de reclusão.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MPPR), que vai analisar se as provas coletadas pela Polícia Civil são suficientes para denunciá-los à Justiça ou se ainda são necessários mais indícios que comprovem a conduta dos envolvidos.

Fonte: Massa News
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