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"É normal, faz parte da política", diz Nísia Trindade à CNN sobre pressão para troca no Ministério da Saúde

Por *Com informações de Larissa Rodrigues

19/06/2023 às 19:31:36 - Atualizado hĂĄ

A ministra da SaĂșde, NĂ­sia Trindade, disse, nesta segunda-feira (19), em entrevista à CNN, que é normal e faz parte da polĂ­tica a pressão de partidos de centro — em especial o Progressistas (PP) — para assumir a pasta.

NĂ­sia explica que o próprio governo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) deve pensar no processo para fortalecer as ações entre os poderes Executivo e Legislativo.

"Nós vivemos, como diz o cientista polĂ­tico Sérgio Abranches, um presidencialismo de coalizão. Ou seja, ganha-se a eleição presidencial, mas não se tem maioria parlamentar. Então, eu acho que é normal, faz parte da polĂ­tica, jogos de pressão, crĂ­ticas", expõe NĂ­sia.

"O que é muito importante, é nós estarmos conscientes nesse momento: o meu cargo é um cargo de confiança do presidente Lula. Foi ele e o vice-presidente Geraldo Alckmin que foram eleitos. Então, cabe a ele decidir a manutenção ou não dos ministérios", prossegue.

O Ministério da SaĂșde é cobiçado por ter um dos maiores orçamentos da Esplanada. Em 2023, foram repassados R$ 190 bilhões, ainda sem contar os valores que devem liberados em emendas parlamentares.

Conforme fontes relataram à CNN, o chefe do Executivo não estĂĄ disposto a cedĂȘ-lo. LĂ­deres partidĂĄrios e demais parlamentares vĂȘm procurando ministros mais ligados a Lula para tratar do assunto.

No entanto, esses são uns dos motivos que fazem Lula não abrir mão da SaĂșde: não quer ainda mais poder na mão do Centrão e do PP, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, de Alagoas.

Além disso, o discurso é de que Lula aceita negociar a maioria das pastas, mas que NĂ­sia Trindade é de sua cota pessoal e indicação técnica.

Conforme a ministra, a saĂșde no paĂ­s sofreu fortemente nos Ășltimos tempos. E, com isso, a população ganhou uma consciĂȘncia social sobre a importância da pasta recuperar seu papel de coordenar ações em um paĂ­s desigual e diverso. "Então, eu creio que seja muito importante fortalecer essa perspectiva", cita.

"E a SaĂșde tem uma história de contribuições à democracia muito grande, vide a construção de um sistema universal de saĂșde. Eu tenho, em relação, a todos os parlamentares, uma excelente relação. E acho que o governo, como um todo, e o presidente Lula, tem muito essa sensibilidade, vai fazer todo um esforço para que as agendas de reconstrução do Brasil — porque esse é o lema do governo, inclusive — ela se dĂȘ fortalecendo o diĂĄlogo entre os poderes", prossegue.

Baixa vacinaçãoDe acordo com NĂ­sia Trindade, a baixa adesão atualmente à vacinação contra a Covid-19 tem relação com "campanhas mentirosas" difundidas durante a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Primeiro, uma campanha, infelizmente, contrĂĄria à vacinação, o que vimos durante a pandemia de Covid-19. Colocar em dĂșvida, colocar em questão, mais do que colocar em dĂșvida, dĂșvida é algo que nós temos que lidar, esclarecendo, nós não temos que ter problemas com a dĂșvida. Mas campanhas mentirosas e, infelizmente, reforçadas até pelo nĂ­vel de um governo, de um presidente da RepĂșblica", manifesta NĂ­sia.

"E como superar isso? Temos feito todo esforço, também tem que ser de governo e sociedade, no esclarecimento. A vacinação para Covid-19, que no inĂ­cio foi bem sucedida, ela acabou sofrendo com isso, e nós precisamos ter a população bem protegida", esclarece NĂ­sia.

A CNN entrou em contato com Bolsonaro e aguarda resposta.



Fonte: Oeste Online
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