O caso do influenciador digital Agenor Tupinambá, de 23 anos, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ganhou um novo capítulo. Recentemente, o órgão elaborou uma nota técnica na qual afirmou que o estudante de agronomia teria utilizado ou mantido de forma irregular e ilegal outros animais silvestres.
O que aconteceu?
- O problema entre o influenciador e o órgão começou por conta da capivara Filó. No dia 19 de abril, ele foi denunciado pelo Ibama por suspeita de maus-tratos, abuso e exploração animal. Por conta disso, Agenor recebeu uma multa de R$ 17 mil, além de ter sido obrigado a apagar os vídeos publicados com o animal nas suas redes sociais;
- No dia 27 de abril, Agenor afirmou por meio de seu perfil no Instagram que entregou Filó para o Ibama. Depois, por meio de uma decisão judicial, o influenciador conseguiu a guarda provisória da capivara;
- Na nota técnica, elaborada no dia 24 de abril, o Ibama constatou que Agenor um jacaré e um ninho de ovos deste animal, além de uma arara-vermelha, uma paca, um filhote de carão, uma coruja, uma aranha caranguejeira, dois papagaios e duas jiboias;
- Ainda de acordo com o órgão, o influenciador manteve duas preguiças (das quais uma morreu) e outra capivara, que também teria morrido;
- "Há um padrão de uso e abuso de animais silvestres em busca de engajamento e monetização nas redes sociais. Ao analisar o conteúdo das redes sociais do estudante, agentes ambientais do Ibama constataram que os animais eram retirados da vida livre e exibidos em situações incompatíveis com os hábitos das espécies, como, por exemplo, banho com produtos de higiene humana, uso de roupas e ornamentos", afirmou o Ibama por meio de nota enviada à IstoÉ;
- O Ibama também informou que manter animais silvestres em ambiente doméstico, mesmo com aparente liberdade, é prejudicial para as espécies;
- "O fato de existir água ao lado da casa onde a capivara é mantida não significa que o animal esteja em seu habitat, da mesma forma que não bastaria uma árvore no jardim de uma casa para afirmar que um macaco, por exemplo, estaria em seu ambiente natural, completou;
- Para o órgão, a produção de conteúdo para as redes sociais com animais silvestres sendo criados como bichos de estimação atiça o desejo das pessoas em tê-lo e assim, consequentemente, estimula o tráfico destes animais.
