O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou a ocorrĂȘncia de superfaturamento na compra de pĂlulas do medicamento Viagra pelas Forças Armadas, feita entre 2020 e 2021, e ordenou a devolução de R$ 27,8 mil aos cofres pĂșblicas.
A compra do medicamento foi realizada pelo Hospital Naval MarcĂlio Dias, no Rio de Janeiro. Ao todo, foram comprados mais de 35 mil comprimidos de Viagra, remédio para o tratamento de disfunção erétil em homens e também para hipertensão arterial pulmonar.
De acordo com o processo, um dos oito pregões feitos pela Marinha adquiriu cada comprimido de citrato de sildenafila, princĂpio ativo do medicamento, por R$ 3,65, embora o valor médio no painel de preços do governo federal para o perĂodo fosse de R$ 1,81. A Secretaria de Controle Externo de Aquisições LogĂsticas do TCU calculou que o edital da Marinha resultou em prejuĂzo de R$ 27.820,80 aos cofres pĂșblicos.
O caso da compra de Viagra pelas Forças Armadas ganhou repercussão em abril do ano passado, quando foi revelada pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), responsĂĄvel por abrir a representação no TCU, junto com o senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
O caso foi relatado no TCU pelo ministro Weder de Oliveira. Pela decisão do TCU, que foi publicada ontem (29), o Hospital Naval MarcĂlio Dias tem 90 dias para devolver o valor.
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