PolĂ­cia Ibiporã

'Eu não tenho paz', diz mulher agredida no trabalho pelo ex-marido no Paraná

Caso foi registrado em Ibiporã, no norte do estado. VĂ­tima recebeu chutes e socos na frente do filho na clĂ­nica em que trabalha. De acordo com ela, medida protetiva foi revogada no dia 8 de dezembro de 2022.

Por g1 PR e RPC Londrina

12/01/2023 às 01:17:02 - Atualizado hĂĄ

Após as agressões sofridas em seu local de trabalho na última segunda-feira (9) pelo ex-companheiro, Roberto Aparecido Pacheco, de 58 anos, em Ibiporã, no norte do ParanĂĄ, a vítima, que preferiu não ser identificada, relatou que vinha sofrendo ameaças do homem hĂĄ algum tempo.

"Eu não tenho paz. Eu me separei dele e eu não consigo ter vida", contou.


Câmeras de segurança registram as agressões cometidas pelo suspeito contra a vítima. Nas imagens é possível ver o homem dando tapas e socos na ex-companheira na recepção do estabelecimento.


As agressões são acompanhadas, segundo a polícia, pelo filho do casal, que tenta intervir, mas sem sucesso.


Segundo relato da vítima, Roberto insistiu em querer falar com a mulher, que não quis atendĂȘ-lo. Enfurecido, ele foi até o estabelecimento.


"Ele estava ligando desde de manhã na clínica. E eu falei para a recepcionista não passar o telefone pra mim. Aí, ele começou a ameaçar a recepcionista. Falando que ia lĂĄ e ia quebrar tudo, se não passasse o telefone para mim", contou.


De acordo com o delegado Vitor Dutra, a mulher tinha uma medida protetiva contra o ex-marido desde 2019, quando os dois se separaram. No mesmo ano, segundo a polícia, ela foi agredida pela primeira vez. Saiba como pedir medida protetiva mais abaixo.

Conforme a vítima, a medida protetiva foi revogada pela Justiça no dia 8 de dezembro de 2022. A ordem judicial é revista a cada seis meses, conforme a Lei.


O suspeito ainda não foi localizado e, segundo o delegado, o homem ainda não tem pedido de prisão decretado.


"A gente estĂĄ fazendo diligĂȘncias antes de representar a prisão. vamos ouvir as pessoas envolvidas e tentar localizar para ele dar a versão dos fatos e, posteriormente, pedir possivelmente a prisão preventiva dele", explicou.


O g1 tenta contato com a defesa do suspeito.


Ainda conforme Dutra, o suspeito é morador de Londrina. A Polícia Militar chegou a ser chamada, mas ele havia fugido e estĂĄ sendo procurado para prestar depoimento.


Como pedir uma medida protetiva

Onde pedir?

Na delegacia, no Ministério Público ou na Defensoria Pública.


Preciso de advogado?

Não é preciso estar acompanhada de advogado para pedir uma medida protetiva. Porém, o pedido pode ser feito por advogado ou defensor público que represente a vítima.


Só o juiz pode conceder uma medida protetiva?

Não. De acordo com o TJ-PR, a medida protetiva de urgĂȘncia também pode ser concedida por autoridade policial - escrivão, delegado, agente de polícia e Polícia Militar, quando houver risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de violĂȘncia.


E se mesmo com a medida a violĂȘncia continuar?

A mulher deve acionar a polícia pelo 190 ou ir até a delegacia caso a violĂȘncia continue ou o autor descumpra a medida protetiva. Descumprir ordem judicial que determinou medidas protetivas de urgĂȘncia é crime, com pena prevista de trĂȘs meses a dois anos de prisão.

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