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Biden faz campanha na Pensilvânia, estado-chave nas "midterms"

Por Da Redação

20/10/2022 às 13:33:22 - Atualizado há

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, faz campanha nesta quinta-feira (20) junto com o candidato ao Senado John Fetterman, na Pensilvânia, um estado-chave nas eleições de meio de mandato (“midterms”), nas quais os democratas correm o risco de perder o controle do Congresso.

Biden deve viajar para Pittsburgh e Filadélfia para promover seu plano de investimento em infraestruturas ao lado de Fetterman, um democrata que pretende ingressar no Senado após as eleições de 8 de novembro. Juntos, vão percorrer uma ponte recém-reformada e, depois, participarão de um evento de arrecadação de fundos.

Fetterman, cuja corpulência, tatuagens e preferência pelos moletons e bermudas cargo fazem dele uma das figuras mais incomuns da campanha eleitoral, enfrenta a acirrada concorrência do republicano Mehmet Oz, um médico que virou estrela de televisão.

Nem mesmo um derrame em maio tirou da disputa o candidato democrata, ex-prefeito de Braddock, uma cidade atormentada pela desindustrialização, e vice-governador da Pensilvânia desde 2019. Um relatório médico divulgado esta semana declarou que Fetterman, de 53 anos, está em condições de trabalhar.

A disputa ficou, no entanto, mais apertada, pondo em xeque as esperanças democratas de manter o já frágil domínio do partido no Congresso. A última média das pesquisas mostra que a vantagem de quase 11 pontos de Fetterman em meados de setembro diminuiu para cerca de cinco pontos.

Os analistas consideram a Pensilvânia como um dos poucos estados cruciais que os democratas devem vencer para manter o controle do Senado. Na Câmara de Representantes, a luta promete ser ainda mais difícil. E, até agora, as tentativas de Biden de ajudar seu partido tiveram um efeito limitado. Seus pífios índices de aprovação, abaixo de 40%, não ajudam em nada.

Em discursos recentes, Biden prometeu proteger o direito ao aborto e mostrou sua disposição de enfrentar o alto preço da gasolina. A três semanas da eleição, porém, os americanos parecem estar se inclinando para a mensagem republicana de que os democratas estão falhando na gestão da economia.

– Revolta das mulheres? –

Uma pesquisa divulgada esta semana pelo jornal “The New York Times” com o Instituto Siena mostrou que, entre os prováveis eleitores, 26% citaram a economia como sua principal preocupação, e 18%, a inflação, a maior taxa em quatro décadas no país. Este é um problema que Biden não conseguirá resolver rapidamente. E, mesmo nos assuntos em que ele se sente seguro, as coisas também não são tão simples.

Em um discurso apaixonado, na terça-feira (18), Biden aproveitou a indignação com a decisão da Suprema Corte, em junho, de derrubar Roe vs. Wade, a qual consagrou o direito ao aborto em todo país há meio século, visando a conquistar votos da esquerda e do centro.

Prevendo uma revolta das mulheres nas urnas, o democrata declarou que os republicanos “ainda não viram nada”. Na pesquisa do NYT/Siena, porém, apenas 5% dos entrevistados disseram que o aborto era sua preocupação número um.

As eleições de meio de mandato são tradicionalmente difíceis para o partido da situação, motivo pelo qual uma grande derrota democrata não seria uma surpresa.

Segundo especialistas do boletim eleitoral Larry Sabato"s Crystal Ball, da Universidade da Virgínia, o partido do presidente parecia estar voltando à realidade, após grandes esperanças de sucesso.

“Os habituais ventos contrários de meio de mandato continuam para os democratas. É difícil para um partido prosperar com um presidente impopular e com o público preocupado com questões como economia e inflação”, disseram na quarta-feira (19).

Fonte: Isto É
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