Economia Negócios

Preço do petróleo salta quase 4% com possível restrição da oferta pela Opep+

Por Da Redação

23/08/2022 às 18:35:19 - Atualizado há

Por Alex Lawler e Laila Kearney

NOVA YORK (Reuters) – O petróleo subiu quase 4% nesta terça-feira à medida que a oferta apertada voltava ao foco como resultado de indicações da Arábia Saudita sobre cortes de produção pela Opep+ para apoiar os preços, além da perspectiva de queda nos estoques do produto dos EUA.

O ministro da Energia saudita disse que a Opep+ tem os meios para lidar com desafios que incluem corte de produção, segundo a agência estatal de notícias SPA informou na segunda-feira, citando comentários que Abdulaziz bin Salman fez em entrevista à Bloomberg.

O Brent de referência global fechou em alta de 3,9%, ou 3,74 dólares, para 100,22 dólares o barril. O petróleo bruto WTI, dos Estados Unidos, subiu 3,7%, ou 3,38 dólares, para 93,47 dólares.

O Brent registrou o maior preço desde 2 de agosto e o WTI, desde 11 de agosto.

“Se cortar a produção da Opep ou da Opep+ após setembro é justificado, isso é discutível”, disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM. Apesar da recente fraqueza induzida pela inflação, o mercado de petróleo parecia ter encontrado um piso ultimamente”.

A perspectiva de retomar a oferta de petróleo iraniano e os temores de recessão, juntamente com consecutivas construções semanais no centro de armazenamento de petróleo dos EUA, diminuindo a demanda por gasolina e aproximando-se da temporada de manutenção das refinarias, empurrou os preços para baixo nas últimas semanas e deu o tom para a Opep+, disse Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho.

“Essa é a situação que está deixando o ministro do petróleo saudita um pouco fora de si”, disse Yawger. “Ele estava enfatizando o fato de que a dinâmica estava um pouco fora de sintonia com a realidade.”

O petróleo disparou em 2022, chegando perto de um recorde de 147 dólares, em março, após a invasão da Ucrânia pela Rússia ter exarcebado preocupações com abastecimento.

Preocupação com uma recessão global, crescente desde então, a inflação e a demanda mais fraca pesaram sobre os preços.

(Reportagem de Laila Kearney; com reportagem adicional de Alex Lawler, Stephanie Kelly e Muyu Xu)

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