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O Carnaval que Alinne Rosa roubou a cena com um biquíni fio dental

Por Da Redação

20/08/2022 às 11:05:49 - Atualizado há

O ano era 2015. Eu estava no camarote da TV Bahia, no Campo Grande, com Wanda Chase, Alessandro Timbó e Patrícia Nobre fazendo a transmissão do Carnaval. A expectativa era a entrada na passarela do Bloco Cheiro de Amor com sua nova vocalista, Vina Calmon, que estava substituindo Alinne Rosa.

Eis que o bloco passa em frente às câmeras da TV com Vina, deslumbrante, soltando a voz. De repente, o diretor de TV, Roberto Appel, manda uma mensagem para nossa equipe dizendo que ia cortar a transmissão para a Barra, porque Alinne Rosa, que estava estreando em carreira solo, entrava no circuito com uma fantasia ousada. Ou seja, com um biquíni fio dental, levando os foliões à loucura.

Assim que a imagem de Alinne entrou no ar, o Ibope começou a subir, e o que seria um flash, terminou durando vários minutos. Os cinegrafistas na Barra vibravam. E, no Campo Grande, a reação era a mesma. Coincidência ou não, Alinne entrou no circuito no mesmo horário do Cheiro de Amor, no Centro. E assim foi até Vina Calmon passar com o Cheiro pela passarela, e Alinne continuava sensualizando. Pronto: ela estreou roubando a cena.

Na época, o jornalista João Vieira, do portal Terra, fez o seguinte registro: “Poucas coisas chamaram tanto a atenção do público neste Carnaval em Salvador (até aqui) quanto Alinne Rosa. Estreando no Circuito Barra-Ondina em carreira solo, a ex-líder do Cheiro de Amor deixou um rio de babas para trás com um fio-dental de parar o trânsito. Com o bumbum de dar inveja até na Paolla Oliveira, Alinne não precisou de muito mais para garantir um desfile empolgante, seguro e dentro das expectativas. A cantora lotou a avenida e consagrou-se como o segundo grande destaque do Ivete Day”.

E mais continuou o jornalista:

“Mas não pense que tudo é assim bagunçado. Alinne esteve o tempo todo acompanhada de perto pelo namorado, e até lhe tascou um beijo na boca no meio do show. Ou seja, os milhares de pretendentes que surgiram nesta noite terão que contentar-se apenas com o visual. Em um dia com algumas confusões, o show de Alinne foi um dos poucos a correr sem grandes incidentes, muito provavelmente pelo fator de todos estarem hipnotizados com seu visual de parar o trânsito. A baiana embalou o público com algumas novidades da carreira solo, como o hit Chegue Chegando, mas foi com os bons e velhos sucessos do Cheiro de Amor que ela fez o chão tremer. Mas, convenhamos, nada disso importou muito depois daquele fio-dental.”

Apesar do sucesso na mídia, Alinne também foi alvo de muitas críticas por parte dos fãs do Cheiro. Muitos falaram que ela planejou tudo justamente para roubar a cena de sua substituta, já que sua saída da banda não foi tranquila. Houve uma ruptura total.

Na época, a produção da artista afirmou que tudo não passou de uma “coincidência”. Opiniões divergentes à parte, o assunto continuou rendendo mesmo após o Carnaval e até hoje muita gente lembra do episódio.

Indiferente à polêmica, Alinne prosseguiu em sua carreira solo até ser “adotada” pelos empresários André Magal e José Augusto, do Grupo San Sebastian, que criaram um bloco de Carnaval para ela, o Vale, além de colocá-la nas festas de temática LGBT. E Alinne caiu nas graças desse público, que a prestigia em todos os eventos.

Porém, a relação com o Cheiro de Amor nunca mais foi a mesma. E isso veio à tona no mesmo ano de 2015 quando o canal fechado Viva gravou uma série de dez programas em homenagem aos 30 anos da Axé Music, denominado de “Globo de Ouro Palco Viva 30 anos de Axé”, uma ideia do jornalista e empresário Paulo Borges e este jornalista. Estava programado um número com a Cheiro de Amor com suas vocalistas: Márcia Freire, Carla Visi, Vina Calmon e Alinne Rosa.

Ao ser convidada, Alinne disse que não gravaria de jeito nenhum. Não por causa das colegas de trabalho, mas devido à relação com a diretoria do Cheiro com a qual estava em litígio. A solução foi gravar um número com a banda e outro só com Alinne.

E durante os anos seguintes, quem esperava que Alinne Rosa fosse repetir a cena de 2015, ficou a ver navios. Ela continua sendo sensual na avenida aqui ou nos carnavais fora de época. Porém, muito mais contida no que se refere ao visual. O fio dental que abalou o Carnaval daquele ano ficou no passado. E na memória, principalmente dos marmanjos que não se cansam de elogiar a boa forma dessa itabunense que não tem medo de ser feliz.

O Baú do Marrom procurou Alinne para falar sobre essa memória, mas a artista não respondeu às tentativas de contato.

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