Menos de 36 horas depois do assassinato do tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu, o guarda municipal Marcelo Arruda, registros de acesso às imagens de câmeras de segurança do local onde o crime aconteceu foram apagados. A conclusão aparece em um laudo, assinado por cinco peritos da Polícia Científica do Paraná, anexado ao processo, na tarde desta terça-feira (02).
O tesoureiro do PT foi morto no final da noite do sábado, 9 de julho, durante a comemoração do aniversário de 50 anos. Conforme o laudo pericial, pouco antes das nove da manhã da segunda-feira seguinte, 11 de julho, todos os registros de acesso anteriores foram apagados. O documento cita que não é "possível afirmar se houve acesso às imagens" na noite do crime. O laudo pericial ainda conclui que "não foram encontrados indícios de adulterações" nas imagens.
O crime foi cometido na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu. Um dos diretores da entidade, o vigilante Claudinei Esquarcini, foi encontrado morto pouco mais de uma semana depois do assassinato do tesoureiro do PT. A defesa do guarda municipal diz que o diretor era o responsável pelo controle das imagens das câmeras de segurança da Associação. Arruda foi morto pelo policial penal Jorge Guaranho, réu por homicídio duplamente qualificado.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido com motivação fútil, por "preferências político-partidárias antagônicas". A comemoração de aniversário do tesoureiro do PT fazia alusão ao partido e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O MP cita que Guaranho soube do aniversário através de imagens de câmeras de segurança do salão de festas.
Houve troca de tiros, durante a discussão. O guarda municipal não resistiu. O policial penal foi socorrido e segue internado, sem previsão de alta.