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Nova Esperança vira "capital da seda"; relembre outras "capitais" paranaenses

Por Da Redação

10/07/2022 às 11:36:26 - Atualizado há

Nova Esperança (a 40 km de Maringá), foi reconhecida no último dia 30 de junho como a "Capital Nacional da Seda". Um projeto de lei que concede o título à cidade foi sancionado no dia 30 de junho, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A cidade, que produz mais de 328 toneladas de casulos de bicho da seda por safra, é a maior produtora de seda da América Latina. Outras cidades paranaenses têm seus apelidos e as origens são variadas.

Mas, o quinto estado mais populoso do Brasil tem outros municípios que conquistaram títulos por conta de suas atividades econômicas ou culturais. Os títulos são aprovados na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep ) ou no Senado Federal e funcionam como estratégia para movimentar a economia local.

Um levantamento realizado pelo Conselho e Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea) em 2019 identificou que entre os 399 municípios do Paraná pelo menos 30 têm títulos de "capitais estaduais ou nacionais".

O GMC preparou uma lista com cidades paranaenses que têm seus títulos para ostentar, começando, é claro, por Maringá, a "Cidade Canção", que em 2019 recebeu ainda outro título: o de Capital Nacional do Associativismo. Confira.

Maringá: a Cidade Canção

Foto: Isa Neves

Maringá foi idealizada pela Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná e seu nome nasceu de uma música que era cantada pelos operários que trabalhavam em sua construção: “Maringá”, de Joubert Carvalho. Por conta disso, ganhou o título de Cidade Canção.

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Marialva: a Capital da Uva Fina

Monumento Cacho de Uva – Foto: Prefeitura de Marialva

No Noroeste, uma das cidades que se tornaram referência pela vocação rural é Marialva, a Capital da Uva Fina do Paraná, que teve sua colonização iniciada em 1940. O município é considerado o maior produtor da cultura no estado e tem como monumento um grande cacho de uva na entrada, que se tornou um atrativo turístico. De acordo com a Emater (Institucional do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural), são 500 produtores da cultura em uma área de 450 hectares.

A Engenheira Agrônoma Silvia Capelari, profissional de extensão rural, explica que o título de capital permitiu um enfoque turístico para o município. “Pessoas visitam Marialva com frequência para conhecer a produção de uva e os profissionais da área e produtores buscam a troca de experiências”, destaca. Ela ainda ressalta que após o status, a cidade se transformou em um pólo de tecnologia na produção a fruta. “Hoje são produzidas uvas finas de mesa das variedades Itália, Rubi, Benitaka e Brasil; variedades da Embrapa Núbia e Vitória e também uvas rústicas como Niagara”, complementa.

Ponta Grossa: a Capital Cívica

Foto: Prefeitura de Ponta Grossa

Quando ocorria a Revolução de 1930, Getúlio Vargas esteve de passagem por Ponta Grossa, enquanto acompanhava o desenrolar dos acontecimentos no Rio de Janeiro. Foi na cidade paranaense que ele teria recebido a notícia de que deveria seguir para a capital tomar posse como presidente. Daí nasceu o título de Capital Cívica do Paraná.

Telêmaco Borba, a Capital do Papel

Foto: Prefeitura de Telêmaco Borba

O município de Telêmaco Borba nasceu e se desenvolveu a partir da Indústria Klabin de Papel e Celulose, que começou em um pequeno povoado e posteriormente se consolidou como a maior empresa do setor no Paraná. Até hoje a economia do município é amparada por essa indústria, que garantiu à cidade a alcunha de Capital do Papel.

Toledo, a Cidade do Porco no Rolete e Capital do Agronegócio do Paraná

Foto: Prefeitura de Toledo

Um dos mais importantes centros de suinocultura do Paraná, Toledo ganhou ainda mais destaque com sua Festa Nacional do Porco Assado no Rolete, hoje com mais de 33 anos de existência. O prato se tornou tão popular que a cidade acabou ficando conhecida como a Cidade do Porco no Rolete.

Cascavel, a Capital do Oeste

Foto: Leonardo Frederico Sguarezi.

Quinto maior município paranaense, Cascavel é a principal cidade da região Oeste do estado. Sua força está principalmente no agronegócio, desde a cultura até os serviços especializados. A condição de polo econômico fez com que ganhasse o título de Capital do Oeste Paranaense, tornando-se uma referência para os demais municípios.

Prudentópolis, a Terra das Cachoeiras Gigantes e Capital do Feijão Preto

Ninho do Corvo – Foto: Fabio Dias / Acervo EPR

Situada na região centro-sul do Estado, colonizada por imigrantes ucranianos, Prudentópolis possui vários canyons e quedas d"água, e abriga as maiores cachoeiras do Sul do Brasil, como o Salto São Francisco, com 196 metros de altura.

Em seu território existem mais de cem cachoeiras catalogadas. Além das cachoeiras gigantes, a cidade, é a maior produtora de feijão preto do Brasil, e realiza, sempre no mês de agosto, o evento tradicional da cidade, que é conhecido por produzir a maior feijoada de feijão preto, feita na maior panela do mundo, registrada no Guinness Book, o livro dos recordes.

Apucarana, a Capital do Boné

Foto: Prefeitura de Apucarana

Oficializada no ano passado como Capital Nacional do Böné, Apucarana é responsável por 80% da produção brasileira do acessório. A tradição no setor vem desde o início da década de 1970. Hoje são 200 fábricas de pequeno, médio e grande porte, cuja produção mensal chega a seis milhões de bonés, envolvendo 15 mil trabalhadores.

Cianorte, a Capital do Vestuário

Foto: Prefeitura de Cianorte

Por ser um dos maiores centros atacadistas do vestuário do país, Cianorte ficou conhecida como Capital do Vestuário. São mais de 600 confecções, 15 mil empregos diretos e outros 30 mil indiretos, além de 20% de toda a produção de jeans do país e 12 milhões de peças por mês. A cidade está entre as que mais geram empregos no Paraná.

Jaboti: a Capital Paranaense do Morango

Foto: Prefeitura de Jaboti

Em Jaboti, cidade com quase 5 mil habitantes, a produção destaque é a de morangos. Tanto que em 2014 o município recebeu o título de Capital Paranaense do Morango. Na época, quase 25% dos moradores estavam ligados diretamente à cultura. Segundo o Engenheiro Agrônomo Maurício Castro Alves, da Emater, a cidade tem quase 200 produtores da fruta (entre meeiros e áreas próprias) que geram um VBP de R$ 38 milhões anuais, sendo a principal fonte de arrecadação municipal.

Guarapuava: Capital Paranaense da Cevada e do Malte

Foto: Prefeitura de Guarapuava

Guarapuava produz 40% da cevada do País e desde 2017, através da Lei nº 134/2017, a cidade passou a ser denominada a Capital Paranaense da Cevada e do Malte, estimulando ainda mais os produtores de cevada a investirem nesta área. Além da intensa produção de matéria-prima, o município também abriga a maior maltaria da América Latina, a Agrária Malte, que atende aproximadamente 30% da demanda nacional.
Em todo este processo de produção da cerveja – desde o plantio até a industrialização – o acompanhamento de um responsável técnico é fundamental para contribuir com a preservação da qualidade do produto. Neste caso específico, o conselheiro do Crea-PR, Engenheiro Agrônomo e Sommelier de Cervejas e Vinhos, Paulo Rogério Borszowskei, destaca algumas modalidades das Engenharias.
“A Agronomia e a Engenharia de Alimentos trabalha com a questão da tecnologia de processamento de alimentos, envolve o conhecimento prático e teórico da fermentação e manipulação de alimentos. Já a Engenharia Química, é focada nas transformações, nas questões de reação, redução e oxidação. Tendo um profissional que conheça essas áreas, a certificação e o produto terão o monitoramento da qualidade preservado”, avalia.

O Crea-PR atua fiscalizando as atividades de industrialização de cervejas. Em 2016, 28 fiscalizações deste segmento foram realizadas em todo o Paraná. O responsável por uma cervejaria deve seguir os parâmetros legais do Ministério da Agricultura, Anvisa e Inmetro, desde as normas de layout da indústria e boas práticas de fabricação, até as questões que envolvem qualidade, certificação e registro da cervejaria e do produto.

Títulos recentes

Maringá: Capital Nacional do Associativismo

Em 2019, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou o projeto que torna Maringá a Capital Nacional do Associativismo (PL 5.289/2019). O autor da proposta, senador Flávio Arns (Rede-PR), explicou que o município paranaense tem o associativismo como uma das suas marcas registradas. Já justificativa para o título maringaense está na organização cooperativista do setor. É que Maringá tem nove cooperativas com 276 mil cooperados e 5 mil funcionários.

“No Paraná, a movimentação financeira total de todas as cooperativas filiadas ao Sistema Ocepar é, em média, de R$ 83,7 bilhões. Somente no município de Maringá, existem nove cooperativas de diversas áreas: duas do ramo agropecuário (Cocamar e Coopergreen), três do setor de crédito, (Sicoob Central, Sicoob Metropolitano e Sicredi União), duas na área de produção de bens e serviços (Pluricoop e Unicampo) e duas do ramo saúde (Unimed e Uniodonto), que totalizam cerca de 276 mil cooperados e mais de 5 mil funcionários. Juntas, essas cooperativas foram responsáveis, em 2018, por um faturamento total de R$ 5,7 bilhões”, argumentou o senador ao justificar a homenagem.

A relatora foi Leila Barros (PSB-DF), que disse conhecer a cidade, “marcada por um alto índice de qualidade de vida e desenvolvimento humano”. Para a senadora, parte deste bom resultado sócio-econômico provém justamente das cerca de 400 associações cooperadas. A análise da proposta segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.

Londrina: Capital Nacional da Economia Criativa

Também em 2019 foi aprovado o projeto de lei 375/2021, em primeira discussão, pela Assembleia Legislativa do Paraná, que concede ao município de Londrina o título de Capital Estadual da Agrotecnologia.Pela proposta, economia criativa é o conjunto de empreendimentos relacionados ao capital cultural, intelectual e criativo de uma região, presentes na cidade.

O deputado estadual Cobra Repórter, autor do projeto, ressaltou que o setor de Tecnologia da Informação e da Comunicação vem se destacando em Londrina e na região com alguns projetos premiados nacionalmente na área da agrotecnologia. Além disso, afirma ele, Londrina atende inúmeras startups, promovendo o desenvolvimento de hardware, software, sistemas de colheitas inteligentes para a agricultura e possui ainda o Arranjo Produtivo Local (APL) de tecnologia da informação, que é uma das razões da atração de empresas de tecnologia para a região e da promoção de eventos.

Na lista

A cidade de Cambé aguarda desde 2019 a votação do projeto de lei para se tornar a Capital do Cadeado. Cambé, a Capital do Cadeado.

Outros municípios paranaenses com títulos

  • Arapongas – a Capital Moveleira
  • Barbosa Ferraz – a Capital Estadual do Crochê
  • Bituruna – a Capital Paranaense do Vinho
  • Campo Largo – a Capital da Louça e Porcelana de Mesa e da Cerâmica
  • Carlópolis – Capital Nacional da Goiaba
  • Castro – a Capital Nacional do Leite
  • Cornélio Procópio – a Capital da Mesorregião do Norte Pioneiro
  • Curitiba – a Cidade Sorriso e a Capital Ecológica
  • Fazenda Rio Grande – a Capital do Pneu
  • Faxinal – a Capital do Tomate na Estufa
  • Loanda – a Capital da Torneira
  • Mallet – Capital Estadual do Kiwi
  • Mauá da Serra – Capital do Milho
  • Palmas – a Capital do Frio e da Maçã
  • Reserva – a Capital do Tomate
  • Santa Fé – a Capital da Fotografia
  • Sengés – a Capital da Madeira
  • Terra Roxa – a Capital Nacional da Moda Bebê
  • Umuarama – a Capital da Amizade

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Fonte: GMC Online
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