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Bilionário ucraniano processa Rússia por perdas causadas pela guerra

Por Da Redação

27/06/2022 às 23:04:13 - Atualizado há

O multibilionário ucraniano Rinat Akhmetov, um dos homens mais ricos do mundo, entrou com uma ação contra a Rússia no Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH). O empresário exige indenização pelos estragos causados ao seu país pelas tropas de Moscou. As informações são da rede Radio Free Europe.

Pudera. Além de ver sua nação destruída, o magnata, que comanda negócios em vários setores, entre eles na indústria metalúrgica, de energia e das telecomunicações, tem visto seu império ruir a medida que a guerra avança. Akhmetov é também dono do clube de futebol Shaktar Donetsk – as competições estão paralisadas no país desde o início da invasão russa.

“Como proprietário da Azovstal e de muitas outras instalações industriais que foram alvo das forças armadas russas invasoras, Akhmetov procura garantir que a Rússia seja responsabilizada pela destruição que está causando na Ucrânia”, disse um comunicado emitido pela assessoria do bilionário nesta segunda-feira (27).

Rinat Akhmetov exige bilhões de dólares da Federação Russa como reparação (Foto: Marco Residori/Flickr)

A rendição em massa no complexo industrial de Azovstal em maio decretou o fim de um violento combate travado desde fevereiro pelo controle de Mariupol, cidade portuária ao sul cercada por tropas russas que exigem a rendição da Ucrânia. A resistência dos soldados ao exército de Vladimir Putin no entorno da imensa siderúrgica tornou-se um dos símbolos do conflito.

Ainda de acordo com a nota emitida por Akhmetov, o oligarca também está buscando uma ordem do tribunal “impedindo a Rússia de se envolver em mais bloqueios, saques, desvios e destruição de grãos e aço” produzidos por suas empresas.

“O mal não pode ficar impune. Os crimes da Rússia contra a Ucrânia e nosso povo são notórios, e os culpados deles devem ser responsabilizados”, disse Akhmetov, que exige bilhões de dólares da Federação Russa por “violação de direitos humanos“.

Em Moscou, ao ser perguntado por repórteres sobre o processo de Akhmetov, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, limitou-se a dizer que a Rússia não estava mais sob a jurisdição do TEDH, sediada em Estrasburgo, na França.

Em 11 de junho, Putin assinou uma lei que determina que a Rússia não seguirá as decisões do Tribunal Europeu de Direitos Humanos feitas após 15 de março.

Fonte: A Referência
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