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"Maníaco do Loteamento": veja o relato das vítimas que afirmam ter sido abusadas em Maringá

Por Da Redação

25/06/2022 às 10:42:38 - Atualizado há
Foto: Ilustrativa/GMC Online

“Eu falei: "moço, só não me mata. Eu tenho filho para criar. Só não me mata, por favor". Ele disse: "então faz tudo certo pelos seus filhos'”. O relato é de uma jovem de 24 anos, que no início da pandemia, em abril de 2020, procurou o Loteamento do Jardim Monte Sinai para fazer o uso de bebida alcoólica e namorar. A vítima não sabia, mas iria passar naquela noite, os piores momentos da vida e que jamais iria esquecer: o corpo dela sendo violado e estuprado por um homem desconhecido que tinha uma arma em punho. Essa seria a primeira vítima de quatro mulheres que registraram Boletim de Ocorrência na Polícia Civil de Maringá. A suspeita é que elas sejam vítimas de um homem que foi preso nesta sexta-feira, 24, e está sendo chamado de “Maníaco do Loteamento”.

A jovem, vítima em abril de 2020, estava acompanhada, mas foi atacada por homem que saiu do meio do mato e rendeu o casal. No primeiro momento, o criminoso pediu por dinheiro e inventou a história de que perdeu uma droga e precisa pagar. É apenas uma desculpa, pois, não demorou muito ele revelou a verdadeira intenção, que é manter relações sexuais com a mulher. Se tiver dinheiro, bem, caso não tenha o desejo dele é satisfeito com a vítima em todos os aspectos que ele exigir.

A jovem que falou com exclusividade para a Ric/RecorTV mostrou o Boletim de Ocorrência confeccionado há dois anos. Mesmo assim, esse tempo todo ficou sem nenhuma resposta do possível autor.

Novembro de 2021

Mais de um ano depois, uma mulher de menos de 30 anos e o namorado foram abordados da mesma maneira no Monte Sinai. Um criminoso encapuzado saiu do matagal armado, rendeu o casal e antes de ir embora levando o carro das vítimas, passou as mãos pelo corpo da jovem por vários minutos. Nesse dia, o suposto maníaco parecia ter presa e o objetivo era obter o carro que foi levado. As vítimas também registraram a queixa na polícia, mas o caso seguiu pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. O toque no corpo da mulher, seguiu em segundo plano.

Janeiro de 2022

O local ermo e propício para consumir bebida alcoólica e outras drogas, aliado a som automotivo exacerbado, sem a preocupação com vizinhos e a polícia, se tornou cada vez mais ocupado por dezenas de jovens. O lugar recebeu o apelido de “fim do mundo”, por conta das festas clandestinas organizadas nas ruas desertas e escuras do bairro que não possui nenhuma moradia. Foi nesse mesmo cenário que o criminoso teria agido pela terceira vez. Diferentemente dos últimos dois casos, nesse caso, porém, ele ordenou que o a jovem e o rapaz fizessem sexo, que ele ficaria de espectador.

Abaladas, as duas vítimas entraram em desespero e começaram a fazer muito barulho. Isso assustou o criminoso, que tocou na mulher e depois entrou em um milharal e não foi mais visto. O casal foi embora, mas não registrou de imediato a ocorrência na polícia. Só quatro meses depois, sabendo dos inúmeros casos, eles foram procurar as autoridades.

Junho de 2022

“Ele falou para eu ir até o final da rua e mandou deitar de barriga para baixo, no asfalto. Disse para o meu amigo que só iríamos sair vivo dali por causa de mim. Depois de ter já feito o que queria, não quero contar esses detalhes, eu fico muito nervosa… Ele fez tudo o que queria de todo jeito. Depois de um tempo falou que queria mais uma vez, eu comecei a chorar e passar muito mal. Não conseguia mais”, disse a jovem, que seria a quarta vítima do “Maníaco do Loteamento”, enquanto as lágrimas caíam. O caso ocorreu no último dia 13.

A vítima ainda conta quando o suspeito deixou eles irem embora, “Eu estava com muito medo. Foi quando ele pediu para subir na moto e ir embora. Achei que quando eu virasse de costas ia levar um tiro. Eu gostava de ir nesses lugares tranquilos para ficar de boa e dar risada. Eu sei que não é o local certo, mas jamais achei que passaria por isso. Sei que lá tem um maníaco e tem gente que está quieta sem falar eu entendo porque sinto essa dor igual elas”, disse a jovem de 25 anos que foi a última vítima a procurar a polícia e, que o caso ganhou repercussão.

Investigação

Com base nos quatro casos a polícia iniciou uma investigação profunda que resultou na prisão de um suspeito na tarde desta última sexta-feira, 24. Os policiais estavam com uma vítima de estupro no Loteamento do Jardim Monte Sinai buscando pistas, quando prenderam um homem, no local, que foi reconhecido pela jovem que se recordou dos traços físicos do suspeitos.

No momento da prisão, o homem ficou nervoso, reagiu contra um investigador, sendo necessário usar a força por parte dos policiais e houve uma luta corporal. Na delegacia, mais duas vítimas reconheceram o homem, que agora passa a ser investigado a fundo. A família do preso conta que ele é usuário de drogas e mora muito próximo ao loteamento. O delegado da mulher, Rodolfo Vieira, que acompanha o caso, pede para que se caso houver outras vítimas, que procurem a polícia.

Com informações da emissora Rictv Maringá.









Fonte: GMC Online
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