O Ministério Público estadual pediu, em caráter liminar, que a Justiça determine a criação de um setor específico para atendimento presencial e virtual de todas as demandas de alunos relacionadas aos “erros dos novos sistemas eletrônicos”, da Unifacs, em Salvador, sem custo adicional aos estudantes.
A ação foi ajuizada no último dia 8 e pede também que a universidade devolva aos alunos, em dobro, todos os valores comprovadamente pagos em decorrência de cobranças indevidas. O MP também pede ao Judiciário que seja permitida a rescisão contratual, sem custos, ao consumidor que comprove prejuízos causados pelos sistemas eletrônicos da Unifacs.
A ação tem como base a investigação desenvolvida pelo MP após receber “dezenas” de representações de alunos contra a Unifacs, sobre uma série de problemas que, conforme o apurado, “passaram a ocorrer após aquisição da Unifacs pelo Grupo Ânima Educação e consequente alteração dos sistemas financeiros e acadêmicos para a plataforma Ulife”.
Os alunos reclamam de impossibilidade de realizar a rematrícula; indisponibilidade de matérias próprias do semestre, devido à falta de instabilidade sistêmica; cobrança indevida por matérias não cursadas ou por matrículas não efetuadas e cobrança a estudantes sem dívidas.
A ação relata que o novo sistema, implantado em janeiro desse ano, “gerou severos desconfortos à comunidade acadêmica, pois, ao que tudo indica, a transferência dos dados não acompanhou a urgência e dinamismo das necessidades dos alunos”.
Procurada, a Unifacs não enviou um posicionamento até a publicação da matéria. O espaço está aberto para manifestações.