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Canadá diz que seus aviões têm sido intimidados por jatos da China no Pacífico

Por Da Redação

03/06/2022 às 20:37:14 - Atualizado há

O governo do Canadá alega que um de seus aviões militares foi intimidado recentemente pela aproximação de jatos chineses durante uma missão de patrulha em águas internacionais coordenada pela ONU (Organização das Nações Unidas). O repetido incidente, ocorrido na região da Ásia-Pacífico, motivou Ottawa a fazer novos protestos diplomáticos contra Beijing. As informações são do portal EurAsian Times.

Os incidentes foram anunciados em comunicado emitido pelas Forças Armadas do Canadá (CAF, da sigla em inglês) na quarta-feira (1).

“Em várias ocasiões durante a Operação Neon, ocorreram interações entre nossa aeronave de patrulha CP-140 Aurora e aeronaves da Força Aérea Chinesa”, detalha o documento, acrescentando que os caças chineses “não aderiram às normas internacionais de segurança aérea”, e as “interações” colocaram em risco a segurança dos pilotos canadenses.

Aeronave de patrulha marítima CP-140 Aurora, da Força Aérea Canadense (Foto: Robert Sullivan/Flickr)

A Operação Neon é a contribuição do Canadá para um esforço multinacional de apoio à implementação de sanções do Conselho de Segurança da ONU impostas à Coreia do Norte.

De acordo com o relatório da CAF, houve momentos em que “a tripulação se sentiu suficientemente em risco para modificar rapidamente sua própria rota de voo para aumentar a separação e evitar uma possível colisão com a aeronave interceptadora”.

Segundo a rede canadense Global News, desde o final de dezembro de 2021 já foram registrados quase 60 desses incidentes, em que uma aeronave voa de forma ameaçadora perto de outra. O relatório inclusive detalha que, de tão perto que os jatos chineses voam rotineiramente – entre 20 e 100 pés de distância do avião canadense –, “os pilotos canadenses podem fazer contato visual com os pilotos chineses e às vezes vê-los levantando o dedo médio”.

“Essa distância é assustadora nessas altas velocidades e pode levar a um acidente. Se você faz isso demais, em algum momento vai dar errado”, disse Charles Burton, membro do Instituto Macdonald-Laurier, em Ottawa.

Apesar das repetidas reprimendas diplomáticas ao governo chinês por conta dos incidentes, acredita-se que Beijing não deu respostas oficiais.

A atmosfera de piora na relação entre Ottawa e Beijing veio na esteira da solução dos casos de Michael Spavor e Michael Kovrig, cidadãos canadenses detidos na China logo após a prisão no Canadá de Meng Wanzhou, executiva da Huawei acusada pelos EUA de espionagem industrial.

Fonte: A Referência
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