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Ex-policial civil é condenada a 14 anos e três meses de prisão pela morte de Rosaira

Por Da Redação

27/05/2022 às 03:35:17 - Atualizado há

Rosaira participava de uma confraternização da clínica médica para qual trabalhava em 23 de dezembro de 2016. Irritada com o barulho, Kátia realizou um disparo de arma de fogo que atingiu a cabeça da copeira.

Além do homicídio, o Conselho de Sentença reconheceu duas qualificadoras: a do motivo fútil e a impossibilidade de defesa por parte da vítima.

Ao se dirigir para a agora condenada, o promotor do Ministério Público do Paraná, Marcelo Balzer Correia, disse que ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa.

“Você Kátia, por mais transtornos que tivesse, tinha outras possibilidades, mas não agiu assim. Cumpra sua pena, saia de cabeça erguida após ela. Hoje você anda com a cabeça baixa de vergonha, então responda e cumpra pelo que fez”, disse.

Interrogatório

Ré confessa do crime, Kátia alegou que não teve a intenção de matar Rosaira. Durante interrogatório nesta quinta, ela afirmou que atirou contra o chão.

“Eu assumo esse erro e sinto muito. Não foi só a Rosaira que morreu aquele dia, eu e minha família também morremos. Claro, não houve intenção nenhuma, foi um ato de desespero, porque meu quarto virou uma caixa de som naquela noite, como muitas vezes ocorreram naquele ano de 2016, e de fato, perdi o controle ao pedir socorro. Eu dei um tiro para baixo e é por isso que estou aqui hoje”, disse.

A principal tese utilizada pela defesa ao longo do júri foi a de que Kátia teria agido com culpa (sem intenção) e não com dolo. O advogado Peter Amaro citou o fato de Kátia ter trabalhado no Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crime) ao justificar que isso poderia ter resultado no abalo que levou ao disparo.

"A pessoa começa a não reagir bem e ter uma vida estranha. Kátia não buscou tratamento porque não sabia que estava doente. Depois, ela buscou ajuda e o tratamento constatou que ela tinha um problema (...) A Kátia é uma doente, que estava no limite do seu estado mental", justificou.

O crime

Consta na denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) que Rosaira participava da confraternização na Rua Mateus Leme, quando acabou atingida por um disparo de arma de fogo. O crime aconteceu em 23 de novembro de 2016 e a morte nove dias depois.

Segundo o documento, Kátia das Graças Belo “agiu impelida por motivo fútil, pois sentiu-se incomodada com o barulho advindo do estabelecimento comercial localizado ao lado da sua residência, onde acontecia uma confraternização. Assim, visando acabar com a reunião e espantar as pessoas que estavam no local, apontou a sua arma em direção a elas e efetuou disparos.”

Agora ex-policial civil, Kátia estava fora de serviço e utilizou-se da arma de fogo que recebeu da instituição para a prática do crime.

A demissão de Kátia da Polícia Civil foi publicada no Diário Oficial do Estado em junho de 2021.

Fonte: Nosso Dia
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