Educação Escarpa Devoniana

Pesquisadores apontam descumprimento de legislação na Escarpa Devoniana em artigo premiado

Por Da Redação

26/05/2022 às 10:29:16 - Atualizado há

Essas ações levaram o tema patrimônio cárstico e espeleológico a ganharem visibilidade no Paraná. O relevo cárstico se caracteriza pela dissolução/corrosão das rochas, formando uma série de feições como cavernas, grutas, lapas, abrigos, dolinas, rios subterrâneos, paredões rochosos, lapiás, entre outros. Já espeleologia é a ciência que se dedica ao estudo das cavidades naturais subterrâneas, isto é, as cavernas.

Além disso, a empresa que promovia a atividade irregular teve parte de suas obras temporariamente embargadas e alterou o traçado inicialmente projetado, reposicionando as torres e linhas de transmissão de energia. Estudos espeleológicos de melhor qualidade também foram produzidos e indicaram a existência de dezenas de novas cavidades subterrâneas.

De acordo com o presidente do Gupe e um dos autores do estudo, Rodrigo Aguilar, ainda há falhas a serem corrigidas nos estudos espeleológicos do empreendimento, bem como no de outras atividades e obras em fase de licenciamento ambiental no Paraná. “É evidente a necessidade de trabalho contínuo de fiscalização e de educação patrimonial”, revela.

Espeleologia

A espeleologia é a ciência que estuda as cavidades naturais subterrâneas. Foto: Angelo Rocha

Aguilar explica que as cavidades subterrâneas são redutos de geo e biodiversidade riquíssimas, presentes em cenários incríveis que parecem ter saído de histórias de ficção científica. “É curioso e fantástico imaginar que, debaixo dos nossos pés, pode existir um mundo complexo, dinâmico e surpreendente como o encontrado nas cavernas”.

Ele comenta que o objetivo de trabalhos como o que produziram é mostrar para todos que esse outro mundo existe e que precisa de proteção. “De outro modo, ele será perdido sem que sequer tenhamos conhecido as suas riquezas”.

Artigo premiado

O artigo científico “As cavernas no caminho das linhas de transmissão de energia – um relato sobre a defesa do patrimônio espeleológico paranaense”, que aponta essas situações, recebeu o primeiro lugar na seção técnica do 1º Prêmio Nacional de Espeleologia – Michel Le Bret.

A premiação é realizada pela Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) em conjunto com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e busca incentivar o desenvolvimento e a publicação de pesquisas científicas, inventários e soluções técnicas direcionadas à conservação dos ecossistemas cavernícolas e espécies associadas.

“O objetivo deste trabalho é relatar essa experiência em defesa do patrimônio espeleológico que se iniciou no ano de 2019 e segue em curso, assim como os desdobramentos das ações realizadas para mais uma etapa da constante luta pela conservação das cavernas paranaenses”, define o Gupe. O Gupe é composto por egressos e discentes UFPR e tem o objetivo de explorar, estudar e atuar pela conservação das cavernas sul-brasileiras.

Por Felipe Reis

Sob orientação de Jéssica Tokarski

Fonte: UFPR
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