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Parques de Clevelândia também servem para reintroduzir fauna silvestre

Por Da Redação

26/05/2022 às 02:26:58 - Atualizado há

Relatos de encontros com animais silvestres são recorrentes no Brasil, país de grande biodiversidade. Porém, a combinação de fatores históricos, como urbanização, rodovias, áreas para agricultura e pecuária transformaram o meio ambiente, reduzindo hábitats naturais.

Isso contribui para aumentar a incidência de encontros com animais silvestres em áreas urbanas. Muitas vezes, tais encontros são com os animais peçonhentos, como aranhas, escorpiões e serpentes.

Em outras, os encontros são com espécies como capivaras andando pelas cidades, pumas atravessando rodovias, gatos-maracajás próximos a trilhas de mountain-bike, tatus passeando por campus de Universidades, veados-catingueiros e gambás adentrando residências.

Também é comum encontrar vídeos e fotos desses animais atropelados, caçados ou maltratados. Muitos desses encontros são registrados em vídeos, e divulgados nas redes sociais.

O poder público e institutos de preservação possuem orientações sobre como proceder quando ocorrerem esses tipos de encontro. No Paraná, por exemplo, o Instituto Água e Terra (IAT) recomenda que ao encontrar animais como gambás, morcegos, lagartos, ouriços, pequenos primatas entre outros, devemos simplesmente evitar o contato, pois eles devem estar de passagem e não representam agressividade.

No caso de encontrar animais feridos, presos ou em risco, os órgãos ambientais devem ser acionados, como os escritórios regionais do IAT ou as Secretarias Municipais de Meio Ambiente e de Saúde.

Se forem animais que indiquem risco à vida e potencial agressivo, recomenda-se acionar a Polícia Ambiental. O IAT reitera a importância de não transportar ou remover animais silvestres. Além disso, a Lei n° 9.605/1998 considera “crime, matar, perseguir, caçar, apanhar, coletar, utilizar espécimes da fauna silvestre (…) sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, com a pena variando entre detenção de seis meses a um ano e multa”.

Clevelândia

Os animais devem ser encaminhados para os Centros de Apoio à Faina Silvestre (CAFS) ou Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), que se encontram em cidades distantes do Sudoeste.

Sendo assim, os municípios da região adotam estratégias para mitigar essas carências de infraestrutura. No caso de Clevelândia, a Secretaria de Meio Ambiente vem sendo utilizada como ponte para a reintrodução de fauna silvestre não perigosa.

Como há corpo técnico para avaliação dos mesmos, caso não sejam encontrados indícios de ferimentos, fraturas ou doenças, os animais são reintroduzidos na natureza.

O município possui três Unidades de Conservação, chamadas de Parques Municipais Naturais. As três áreas somam mais de 500 hectares. E são estes os locais que vêm sendo utilizados para reintrodução da fauna silvestre nativa, como veados-catingueiros e gambás.

Além disso, os parques do município têm sido recorrentemente utilizados com o propósito de Educação Ambiental para escolas, formação de professores, pesquisas científicas, parcerias institucionais (Planos de Manejo – UTFPR e Faculdade Municipal de Educação e Meio Ambiente) e, também, reintrodução da fauna silvestre nativa.

Além da prática de reintrodução, a secretaria e o conselho gestor das Unidades de Conservação começarão o monitoramento contínuo da fauna silvestre nas três áreas a partir de agosto de 2022.
Segundo informações da secretaria, Clevelândia será um dos poucos municípios do Paraná com levantamento de fauna com câmeras-traps próprias, conhecidas como armadilhas fotográficas.

Tais câmeras (15 no total) permitirão acompanhar o que há de fauna silvestre nativa dentro de cada unidade (de forma não invasiva), a potencial abundância de cada espécie, riscos (fauna exótica, principalmente javalis, caça ilegal), além de reforçar a importância de manter florestas preservadas, reiterando o compromisso público com a preservação ambiental e conscientização da população em geral.

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Jornalista Luciana Pombo

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