O policial federal Ronaldo Massuia se tornou réu por homicídio qualificado, nesta terça-feira (24), após os disparos que terminaram com a morte do fotógrafo André Muniz Fritoli, de 32 anos. O caso foi registrado dentro da loja de conveniências de um posto de combustíveis, na noite de primeiro de maio. No despacho, a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da Primeira Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, decidiu manter o policial federal preso.
A justiça recebeu a denúncia do Ministério Público, que torna o investigado réu, com três qualificadoras: motivo fútil, perigo comum e dificuldade de defesa. As qualificadoras servem para aumentar a pena, em caso de condenação. A justiça ainda tornou o policial federal réu por outras sete tentativas de homicídio, que também constavam na denúncia da promotoria. Semana passada, a juíza tinha cobrado mais esclarecimentos sobre a acusação.
A confusão e os tiros foram registrados por câmeras de segurança, dentro da loja de conveniências do posto de combustíveis. Naquela noite, após ser agredido com um soco e ser expulso do local, Ronaldo Massuia retornou ao estabelecimento e fez os disparos contra as vítimas. Conforme as testemunhas, a confusão teve início com uma provocação do policial federal contra o segurança do posto de combustíveis. O homem ainda aparentava sinais de embriaguez. Além do fotógrafo assassinado, outras três pessoas foram baleadas.
Os disparos foram feitos com uma arma da Polícia Federal. Ele ainda chegou ao posto com uma viatura descaracterizada da PF. Na denúncia, a promotoria também fez referência ao crime de peculato, que é a apropriação de bem público. A juíza mandou as acusações para o Ministério Público Federal. Durante o inquérito, a defesa disse que a ação do réu foi causada devido a um surto psicótico. O policial federal ainda alegou legítima defesa. Ele permanece preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
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