Geral crime do posto

Justiça aceita denúncia de MPPR e mantém preso policial que matou em posto

Por Da Redação

24/05/2022 às 23:21:26 - Atualizado há

A Justiça do Paraná aceitou, nesta terça-feira (24) a denúncia criminal oferecida pelo Ministério Público contra o policial federal Ronaldo Massuia Silva. No mesmo despacho da Juíza de Direito Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da Primeira Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, ela mantém a prisão preventiva já decretada. O acusado foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e sete tentativas de homicídio pelos disparos em um posto de combustíveis do bairro Cristo Rei, em Curitiba. No local, fotógrafo André Muniz Fritoli recebeu um tiro na cabeça e morreu na hora.

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Justiça aceita denúncia de MPPR. Foto: Reprodução

Segundo o documento que o Portal Nosso Dia teve acesso, a materialidade do crime de homicídio está evidenciada a tanto pelo boletim de ocorrência quanto pelos laudos de lesões corporais das vítimas (…) e de necropsia de André Muniz Fritoli.

Da mesma forma, o despacho confirma os argumentos para indícios de autoria. "Consta do vídeo, acostado no mov. 55.3, que, às 23:41:09, o acusado supostamente entra na loja de conveniências, e, às 23:42:34, inicia uma discussão com outras duas pessoas, tendo o desentendimento durado, ao menos, até às 23:43:30. Após, o acusado é retirado do local, mas retorna às 23:44:43, quando teria atirado nas pessoas que ali estavam".

Além disso, todos os relatos de testemunhas somam para a confirmação da autoria.

Prisão

Preso em flagrante, o policial permanecerá no Complexo Médico Penal. "Considerando que a prisão
preventiva do acusado foi decretada há poucos dias, e, desde então, não houve alteração fática apta a alterar o deliberado, mantenho a decisão que decretou a prisão preventiva do acusado por seus próprios fundamentos'.

Silêncio e reconstituição

A juíza confirma, por meio do despacho, que o policial federal 'exerceu o direito constitucional ao silêncio'. Ou seja, ele preferiu não dar sua versão dos fatos durante interrogatório.

Ainda, o despacho conclui que a reconstituição do crime, pedida pela defesa, não está autorizada. Para a Justiça, todos os fatos foram narrados detalhadamente por testemunhas e câmeras de segurança do estabelecimento.

Tiros no posto

O policial federal entrou na loja de conveniências de um posto na Av. Sete de Setembro, no bairro Cristo Rei, em Curitiba, e atirou contra quatro pessoas depois de uma discussão. O caso aconteceu no fim da noite de domingo (1).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um homem morreu, uma mulher ficou gravemente ferida e outros dois rapazes foram socorridos ao hospital.

O policial disparou depois de uma discussão, supostamente por ter estacionado de forma irregular e não ter gostado de ter sido questionado sobre isso, segundo a Polícia Militar (PM).

Fonte: Nosso Dia
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