Murilo Maia, de 23 anos, é natural de Marechal Cândido Rondon e conseguiu atravessar a fronteira a pé com grupo de amigos. Paranaense que atravessou fronteira da Ucrânia com Polônia relata tensãoO paranaense Murilo Maia, de 23 anos, que estava morando na Ucrânia há um mês, conseguiu deixar o país com um grupo de amigos na última sexta-feira (25). Ele estava na cidade de Bibrka, que até este sábado (26) não tinha sido alvo dos ataques russos.Compartilhe esta notícia no WhatsAppCompartilhe esta notícia no TelegramEm um vídeo compartilhado nas redes sociais, Murilo, que é jogador de futebol, disse que a saída do país foi tumultuada. O jovem é natural de Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná."Multidão querendo ir embora. Vocês podem ver gente querendo sair, muito carro, muita gente. Tem soldados armados [...] Tem gente tendo que voltar, muita gente se separando, mães e filhos saindo e pais ficando", disse no relato publicado.AO VIVO: acompanhe o conflito entre Rússia e UcrâniaA cidade que Murilo estava com outros cinco amigos brasileiros fica próxima da fronteira com a Polônia. De carro, segundo ele, a viagem dura no máximo cinco horas. Mas pela gravidade da situação, ele disse que o trajeto foi mais demorado e cansativo."Conseguimos pegar uma van por volta de 15h. Conseguimos chegar perto da fronteira para descer a pé era perto de de 18h. Aí fizemos o trajeto todo com nossas malas em mãos. Não tinha nada que me fizesse ficar lá".Murilo Maia tem 23 anos e é do ParanáDivulgação/Arquivo pessoalIntervenção familiarMesmo estando no país, Murilo soube da Guerra na Ucrânia por meio de uma ligação do pai, Juarez Antônio Maia, que está em Curitiba. O jovem foi avisado sobre o início dos bombardeios na madrugada de quinta (24).“Alguma coisa me dizia que algo ia acontecer, naquela noite eu estava monitorando. Quando apareceu o primeiro bombardeio na TV, eu liguei pro Murilo e disse sai daí [...] As fronteiras já estavam congestionadas, já tinha falta de combustível. Mas deu certo que eles conseguiram chegar bem perto da fronteira”.Como conseguiu deixar a Ucrânia, Murilo disse que ainda não pensa em voltar para o Brasil. Neste sábado, o paranaense está na cidade Medyka.Paranaense que conseguiu deixar a Ucrânia descreve o medo e a tensãoComunidade ucraniana no Paraná acompanha guerra à distânciaComunidade Ucraniana no Brasil repudia invasão russa e relata preocupaçãoParanaense que está na Ucrânia relata fuga de famílias para TernópilDescendentes de ucranianos em Prudentópolis fazem ato de apoio ao paísPrudentópolis oferece refúgio para ucranianos: 'Portas e coração aberto'Ucraniana que morou no Brasil relata situação em KievDescendentes de ucranianos que moram em Curitiba fazem ato de apoio ao paísParóquia ucraniana produz adesivos para arrecadar dinheiro e enviar a UcrâniaMorador de Prudentópolis conversa com irmão que está no servindo ao exército ucranianoA invasãoA Rússia iniciou, na madrugada de quinta-feira (24), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Há imagens de explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas. Putin disse às forças ucranianas que deponham as armas e voltem para casa.Tanques entram na cidade de Mariupol, na Ucrânia, após Putin ordenar uma invasão do paísReuters/Carlos BarriaPutin atacou o leste da Ucrânia com misseis e explosões. Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que distribuiu armas aos ucranianos.A capital, Kiev, teve congestionamentos, corrida aos mercados e estações de trem lotadas. Milhares de moradores começaram a deixar a cidade desde as primeiras horas do dia.Mapa mostra locais da Ucrânia que foram bombardeados em ataques da RússiaArte g1Fortes explosões foram ouvidas por jornalistas das agências internacionais de notícias no centro de Kiev e também em outras cidades ucranianas.O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou Putin de iniciar uma "invasão em grande escala" contra seu país. "Cidades ucranianas pacíficas estão sob ataque", tuitou Kuleba.Países contrários à invasão, como Estados Unidos, França e Inglaterra, anunciaram sanções para sufocar a economia russa, numa tentativa de desestimular os ataques.Brasileiros que vivem no país tentam deixar a Ucrânia e relatam clima assustador.Vídeos mais assistidos do g1 PR:Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.