A Fiocruz entregou um lote de 550 mil doses ao Ministério da SaĂșde. A entrega faz parte do contrato celebrado entre as instituições e que prevĂȘ a disponibilização de 105 milhões de doses. Deste total, 45 milhões devem ser 100% fabricadas no Brasil.
O envio das primeiras doses foi marcado por um ato simbólico na porta do Ministério a SaĂșde. O ministro da SaĂșde, Marcelo Queiroga, classificou a data como "marcante" para o Brasil por representar a liberdade da dependĂȘncia externa.
"É um grande salto para o nosso paĂs. Isso representa uma grande aposta no fortalecimento do complexo industrial da saĂșde, que é indissociĂĄvel, para um paĂs que hĂĄ 30 anos apostou em construir o maior sistema de acesso universal e gratuito do mundo", disse Queiroga.
A presidente da Fiocruz, NĂsia Trindade, chamou o episódio de um "marco da autossuficiĂȘncia brasileira", que evidencia a atuação do Estado brasileiro e do Sistema Ănico de SaĂșde no combate à pandemia.
"Termos realizado uma transferĂȘncia tecnológica desse porte em tão pouco tempo para atender a uma emergĂȘncia sanitĂĄria só reafirma o papel estratégico de instituições pĂșblicas como a Fiocruz para o desenvolvimento do paĂs e garantia de acesso com equidade a um bem pĂșblico", afirmou Trindade.
O processo de produção da vacina 100% no Brasil fez parte do acordo de transferĂȘncia de tecnologia entre a Fiocruz e o consórcio Oxford/AstraZeneca. O acordo teve inĂcio no ano passado quando a fundação ficou responsĂĄvel pela finalização e pelo envase da vacina, mas ainda com o Ingrediente FarmacĂȘutico Ativo (IFA) oriundo da China.
Com a transferĂȘncia de tecnologia, a Fiocruz obteve o conhecimento para começar a fabricação do IFA em solo nacional. O desenvolvimento teve inĂcio no ano passado. Foi preciso ainda obter autorizações juntamente à AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa).
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