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A tarde desta quarta-feira (5 de novembro) foi marcada por emoção e protesto na Rodoferroviária de Curitiba. Ativistas da Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (FFC) se reuniram para recordar o caso Rachel Genofre, uma menina de apenas nove anos brutalmente assassinada em 2008. O objetivo? Clamar pelo fim da violência contra meninas e mulheres, e transformar a dor em memória e luta.
Com faixas e cartazes, o grupo buscou dar um novo significado ao espaço onde o corpo de Rachel foi encontrado há 17 anos. A proposta é simples, mas carregada de simbolismo: mudar o nome da Rodoferroviária para "Rodoferroviária Rachel Genofre". Um gesto que, segundo a FFC, representaria um compromisso coletivo com a vida e a segurança de todas as mulheres e meninas.
A manifestação não foi apenas um ato de protesto, mas também um momento de profunda comoção. A mãe de Rachel Genofre, a professora Maria Cristina Lobo Oliveira, esteve presente, emocionada com a homenagem à filha e o apoio do movimento feminista. Sua presença reforçou a importância de manter viva a memória de Rachel e de lutar por um futuro onde nenhuma outra família passe pela mesma dor.
Emocionadas, as integrantes do Movimento Feminista de Curitiba entregaram uma carta à ministra das Mulheres, Márcia Lopes, expressando a esperança de que a história de Rachel sirva de exemplo e inspiração para a luta contra a opressão e a injustiça.
O crime que vitimou Rachel Genofre ocorreu em 3 de novembro de 2008, quando a menina tinha apenas 9 anos. Seu corpo foi encontrado dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba, após ter sido estuprada e assassinada. A brutalidade do caso chocou o país e expôs a fragilidade das meninas e mulheres diante da violência de gênero.
A identificação do autor do crime, Carlos Eduardo dos Santos, só ocorreu em 2019, através de exames de DNA e cruzamento de dados das polícias do Paraná, de São Paulo e do Distrito Federal. Na época, ele já estava preso em Sorocaba (SP) por outros crimes. Carlos Eduardo confessou o assassinato de Rachel, mas sua confissão não trouxe de volta a vida da menina nem aliviou a dor de sua família.
A manifestação desta quarta-feira é um lembrete de que a luta por justiça e igualdade continua. A memória de Rachel Genofre, assim como a de tantas outras vítimas da violência, precisa ser honrada com ações concretas que garantam a segurança e o respeito a todas as mulheres e meninas.