Comissão aprova uso de armas de alto calibre por seguranças privados

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que autoriza o uso de armas de calibre restrito por profissionais da segurança privada durante o exercício de suas funções.

Por Câmara Federal em 05/11/2025 às 18:02:37
Pablo Valadares / Câmara dos Deputados Texto aprovado é o substitutivo do relator, Paulo Bilynskyj

Pablo Valadares / Câmara dos Deputados Texto aprovado é o substitutivo do relator, Paulo Bilynskyj

A Comissão de Segurança PĂșblica da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que autoriza o uso de armas de calibre restrito por profissionais da segurança privada durante o exercĂ­cio de suas funções. A medida altera o Estatuto da Segurança Privada.

Atualmente, a legislação permite a vigilantes e empresas do setor apenas o uso de armas de calibres comuns. O emprego de armamento de alto calibre só Ă© autorizado em situações excepcionais, como escolta armada e transporte de valores, mediante autorização especĂ­fica do ExĂ©rcito.

O texto aprovado transforma essa exceção em possibilidade prevista em lei. De acordo com a proposta, o uso de armas de calibre restrito serĂĄ permitido conforme regulamento da PolĂ­cia Federal e autorização do Comando do ExĂ©rcito Brasileiro, responsĂĄvel pelo controle de produtos e armamentos militares.

A autorização se aplicarĂĄ apenas a serviços considerados de alto risco, como escolta armada, transporte de valores, segurança de instituições financeiras, proteção de pessoas, instalações sensĂ­veis e infraestruturas crĂ­ticas, incluindo portos, refinarias, usinas e centros de energia.

O texto aprovado na comissão Ă© o substitutivo do relator, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ao Projeto de Lei 3075/25, de autoria do deputado Delegado da Cunha (PP-SP). O relator manteve o conteĂșdo central da proposta original, mas transferiu a competĂȘncia para autorizar o uso de armas de alto calibre da PolĂ­cia Federal para o ExĂ©rcito Brasileiro.

"A alteração proposta visa preservar a coerĂȘncia normativa e evitar sobreposição de competĂȘncias entre os órgãos responsĂĄveis pelo controle e fiscalização de armamentos no paĂ­s, assegurando maior segurança jurĂ­dica e tĂ©cnica à aplicação da futura norma", justificou Bilynskyj.

O texto tambĂ©m determina que os profissionais deverão ter capacitação tĂ©cnica especĂ­fica, comprovada por curso reconhecido pela PolĂ­cia Federal, e que as empresas de segurança privada mantenham controle individualizado das armas utilizadas. A fiscalização continuarĂĄ a cargo da PolĂ­cia Federal e do ExĂ©rcito Brasileiro.

AlĂ©m disso, a proposta proĂ­be o uso de revólveres por profissionais da segurança privada em serviço, independentemente do calibre.

A matĂ©ria tramita em carĂĄter conclusivo e ainda serĂĄ analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.


Fonte: Câmara Federal

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