Em um mundo nem sempre gentil, histórias como a de Wallace de Oliveira Alves, um atendente de vendas de 31 anos de Minas Gerais, reacendem nossa fé na humanidade. Wallace personifica a esperança ao doar medula óssea para um menino de 8 anos que luta contra a leucemia na França.
Desde os 18 anos, Wallace já demonstrava seu compromisso com o próximo como doador de sangue e plaquetas. Em 2022, ele expandiu seu ato de amor ao se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Mal sabia ele que essa decisão o conectaria a uma criança do outro lado do oceano, necessitada de sua ajuda.
Em agosto deste ano, o telefonema do Redome trouxe a notícia emocionante: Wallace era um possível doador compatível. Sem hesitar, ele embarcou em uma jornada de exames e procedimentos, culminando na confirmação da compatibilidade com o menino francês. A coleta da medula, realizada em uma unidade especializada no Rio de Janeiro, marcou o início de uma nova esperança para o pequeno paciente.
Após a doação, Wallace retornou a Juiz de Fora, onde foi recebido com festa por amigos e familiares, todos celebrando o sucesso de sua ação. A emoção de saber que ele deu ao menino uma nova chance de vida era palpável.
Um processo simples, um impacto gigante
Wallace descreve o processo de doação como tranquilo e quase indolor, ressaltando que "O processo não é nada invasivo, e a dor é mínima perto da grandeza de salvar uma vida". O SUS (Sistema Único de Saúde) cobriu todos os custos de viagem, hospedagem e alimentação, tanto para ele quanto para seu acompanhante, demonstrando o apoio do sistema de saúde brasileiro a gestos como este.
Questionado sobre futuras doações, Wallace é enfático: "Se aparecer outra compatibilidade, irei doar novamente sem pensar duas vezes". Para ele, a espera de 90 dias para doar medula novamente é um pequeno preço a pagar pela oportunidade de salvar outra vida.
Como você também pode salvar vidas
Se você tem entre 18 e 35 anos e goza de boa saúde, pode se cadastrar como doador de medula óssea. O processo é simples: basta procurar um dos centros credenciados em seu estado e realizar um pequeno cadastro com coleta de sangue para análise do tipo genético (HLA). Ao se cadastrar, você se torna um potencial salvador de vidas.
A atitude de Wallace é um farol de esperança e generosidade. Que sua história inspire muitos outros a se juntarem a essa corrente do bem, mostrando que, quando o amor e a solidariedade se unem, fronteiras se dissolvem e vidas são transformadas.
"O processo não é nada invasivo, e a dor é mínima perto da grandeza de salvar uma vida" - contou Wallace ao G1.
