CPI do Crime Organizado avança com plano ambicioso

Senador Vieira detalha investigações sobre tráfico, milícias e lavagem de dinheiro.

Por Da Redação em 04/11/2025 às 14:56:15

Em uma sessão movimentada nesta terça-feira, a CPI do Crime Organizado deu um passo significativo ao apresentar e aprovar o plano de trabalho proposto pelo relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Com nove tópicos temĂĄticos abrangentes, a comissão promete investigar a fundo as ramificações do crime organizado no Brasil.

Frentes de Investigação

O colegiado não pouparĂĄ esforços para investigar desde o trĂĄfico e as milĂ­cias atĂ© o uso de fintechs, bancas de advocacia e criptomoedas na lavagem de dinheiro. A necessidade de maior integração entre os órgãos de segurança pĂșblica e as Forças Armadas tambĂ©m figura como ponto crucial na agenda da CPI.

A escolha de Alessandro Vieira como relator e Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente sinaliza um compromisso com a seriedade e aprofundamento das investigações. Vieira destacou a importância de apurar a infiltração do crime organizado em diversos nĂ­veis, inclusive o polĂ­tico, demonstrando uma postura firme e determinada.

"MerecerĂĄ atenção especial o acelerado ingresso da criminalidade organizada nos mercados aparentemente lĂ­citos. Esse fenômeno, conhecido como "novos ilegalismos", torna o combate à criminalidade algo muito mais complexo, considerando que a penetração do crime em setores econômicos lĂ­citos envolve diversos atores, como contadores e advogados, bem como a criação de empresas de fachada para efetivar a lavagem de dinheiro" - afirmou o senador Alessandro Vieira, ressaltando a complexidade do cenĂĄrio a ser enfrentado.

Aceleração de Projetos de Lei

Ainda na mesma sessão, a CPI aprovou seis requerimentos apresentados pelo relator, incluindo um pedido ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-B), para urgĂȘncia na tramitação de dois projetos de lei importantes. Um deles visa endurecer as sanções para adolescentes infratores, enquanto o outro Ă© o chamado "Pacote Anticrimes Violentos".

AlĂ©m disso, foram solicitados ao MinistĂ©rio da Justiça e ao MinistĂ©rio da Defesa relatórios de inteligĂȘncia da PolĂ­cia Federal e outros órgãos, buscando mapear a estrutura das facções criminosas no Brasil. A CPI tambĂ©m requisitou dados estatĂ­sticos sobre apreensões de drogas e armas, operações policiais, nĂșmero de presos faccionados e informações sobre o controle de armas, alĂ©m de cópias de acordos internacionais firmados.

Convites e AudiĂȘncias PĂșblicas

A CPI aprovou o convite de diversas autoridades, jornalistas e especialistas para participar de audiĂȘncias pĂșblicas, incluindo governadores, secretĂĄrios de segurança pĂșblica, ministros de Estado, diretores da PolĂ­cia Federal e da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin), promotores de Justiça, pesquisadores e jornalistas investigativos renomados.

Com um plano de trabalho ambicioso e a colaboração de diversos setores da sociedade, a CPI do Crime Organizado promete trazer à tona informações cruciais para o combate à criminalidade no Brasil. O trabalho da comissão serĂĄ fundamental para aprimorar as estratĂ©gias de segurança pĂșblica e fortalecer o sistema de justiça, buscando um paĂ­s mais seguro e justo para todos.

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