Curitiba: Ônibus terão botão anti-assédio para mulheres

Medida inovadora visa combater o assédio no transporte público com discrição e eficiência.

Por Da Redação em 03/11/2025 às 19:44:10
Foto: Bem Paraná

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Imagine poder se sentir mais segura ao utilizar o transporte público. Em Curitiba, essa realidade pode estar próxima de se concretizar com a proposta inovadora de um "botão anti-assédio" nos ônibus da cidade. A ideia, que partiu da vereadora Professora Angela (PSOL), busca oferecer uma forma rápida e discreta de acionar a Guarda Municipal em casos de assédio ou violência.

O projeto de lei, já em análise na Câmara Municipal, propõe a instalação de um dispositivo de cor lilás em locais de fácil acesso nos ônibus, terminais e pontos de parada cobertos. O botão, que também contará com instruções em Braille, enviará um alerta silencioso para a Guarda Municipal e um sinal discreto para o motorista ou cobrador, confirmando o pedido de ajuda. A iniciativa visa garantir, principalmente, a segurança de mulheres, população LGBTQIA+ e jovens, que muitas vezes se sentem vulneráveis no transporte coletivo.

A vereadora Professora Angela destaca que o objetivo principal é assegurar o direito à cidade com segurança e dignidade para todos.

"um direito fundamental: o direito à cidade com segurança e dignidade para todas as pessoas, especialmente para as mulheres, a população LGBTQIA+ e a juventude" - diz a vereadora Professora Angela.

Ela ressalta que o assédio e a violência sexual no transporte coletivo são uma realidade cruel e cotidiana, que impõem medo e restringem a liberdade de deslocamento na cidade.

Como funcionará o "botão antiassédio"?

O sistema conectará a ocorrência às centrais da Guarda Municipal e das empresas concessionárias, com localização georreferenciada em tempo real. A Guarda Municipal deverá dar resposta prioritária aos alertas, enviando a viatura mais próxima, conforme protocolo a ser elaborado pela Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito. Para evitar disparos acidentais, o botão deverá ter um mecanismo de proteção, como uma tampa de acrílico ou a necessidade de ser pressionado por alguns segundos.

Além disso, o projeto prevê campanhas de utilidade pública para informar sobre o funcionamento do sistema e conscientizar a população sobre a importância de denunciar situações de violência. A medida também permitirá coletar dados sobre locais e horários de maior incidência, subsidiando políticas públicas mais eficientes e direcionadas.

A proposta, que não cria despesa extraordinária, mas direciona recursos já programados, está sob análise das comissões temáticas da Câmara de Curitiba e, em breve, seguirá para votação em plenário. A expectativa é que, com a aprovação do projeto, Curitiba dê um importante passo no combate ao assédio e na promoção de um transporte público mais seguro e acolhedor para todos.

A medida é mais um passo importante para garantir a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos, refletindo um compromisso com a construção de uma cidade mais justa e igualitária.

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