Geral tecnoporto

Sequestro de dados continua preocupando

Por Da Redação

21/01/2022 às 17:18:30 - Atualizado há

O relatório anual da Apura Cyber Intelligence aponta que a prática de invadir sistemas e sequestrar dados pedindo pagamento de resgate para a liberação, continua sendo o crime cibernético mais comum. Em 2021, conforme o relatório, algumas empresas brasileiras que foram atacadas foram a COPEL (Companhia Paranaense de Energia), Eletronuclear, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, Colonial Pipeline, CVC Turismo, Lojas Renner e Porto Seguro. Segundo a Apura, a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) chegou, inclusive, a ter informações colocadas à venda por criminosos. Segundo o relatório, os grupos ciberterroristas que mais atacaram o Brasil com os chamados ransomwares (aplicativos maliciosos que sequestram dados eletrônicos das vítimas) foram o LockBit, com 31,09% dos ataques, seguido do Prometheus, com 17 %, e do Avaddon, com 10,06%. Entre as áreas mais visadas, a de instituições governamentais e da indústria empataram em primeiro lugar, com 17,4%, seguidas da área de saúde, com 13%.

Boitatá
Para se proteger as empresas precisam estar sempre um passo à frente. Além, é claro, da adoção das políticas de segurança e uso responsável de suas redes, estar atento aos movimentos dos criminosos é essencial. A Apura, autora do relatório, chega aos dados de mapeamento com o uso da BTTng - Boitatá Next Generation, em alusão à figura do folclore brasileiro que pune as pessoas que fazem mal ao meio ambiente. Através da ferramenta são monitoradas ações simples como postagens em fóruns, mensagem trocadas por meio de redes sociais, compartilhamento de imagens ou trechos de códigos nos chamados sites de “paste”, que permitem postagens em geral. O cruzamento dessas informações gera sinais de que novos golpes podem estar em andamento. Detectar cada um desses acontecimentos, ou como são tecnicamente chamados “eventos”, pode ser a diferença entre estar com os dados seguros ou não. A empresa tem hoje em seu sistema 1 bilhão de eventos indexados. São movimentos listados desde 2019 e que permitem, com a análise desse histórico, detectar cada vez mais rápido indícios de articulações dos bandidos e avisar aos clientes, para que fiquem atentos e tomem providências para se proteger. Em 2021 foram 9.800 alertas, mais que o dobro dos emitidos em 2020, o que para o CEO da Apura, Sandro Suffert, é um claro sinal de que os ataques vão continuar crescendo e que, por isso, rastrear cada movimento de possíveis criminosos é a única saída: “Os criminosos estão tão atentos às vulnerabilidades que em poucas horas atores maliciosos conseguiram criar exploits para essas vulnerabilidades e começaram a atacá-las ativamente, em alguns casos apenas horas depois da divulgação das falhas”. Para ler a íntegra do relatório acesse esse link. 

Trabalho nômade
A pandemia acelerou diversas mudanças na sociedade, dentre elas o crescimento do trabalho remoto, quebrando o paradigma espacial e permitindo, a quem usa basicamente o computador para trabalhar, fazer isso de qualquer lugar com internet. Quem teve oportunidade trabalhou e participou de reuniões em locais além de suas casas, o que foi batizado de trabalho nômade. Para incentivar ainda mais esse conceito de liberdade de espaço de trabalho o CEO da AirbnB, Brian Chesky, anunciou essa semana que vai passar a trabalhar de unidades locadas pela plataforma de aluguéis por temporada, de diversas partes do mundo. O movimento de Chesky vem impulsionado pelo efeito do aumento de aluguéis de longa duração, que foi o responsável pela recuperação da empresa ante o forte impacto da suspensão de viagens na fase mais aguda da pandemia, quando perdeu 80% dos negócios da noite para o dia. Claro que só saberemos os efeitos dessa mistura entre trabalho e lazer no futuro. Alguns especialistas temem que essa quebra elimine a percepção de "momentos de descanso", um efeito parecido com o que aconteceu com algumas pessoas que passaram a trabalhar de casa no confinamento e que , por não terem separado bem espaços e horários, passaram a deixar de sentir a descompressão do ato de “chegar em casa". Faça bem ou faça mal o fato é que para quem conseguir experimentar essa flexibilidade de trabalhar de qualquer lugar, em breve aquele sonho de jogar tudo para cima e colocar a mochila nas costas para conhecer o mundo, vai poder ser se tornar realidade…trabalhando”. É esperar para ver. 

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Jornalista Luciana Pombo

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