Empatia, resiliência, solidariedade e perseverança: essas são algumas das palavras que ganharam notoriedade durante a pandemia da Covid-19. No entanto, na vida do funcionário público da Prefeitura de Colombo Elizandro Freitas, a essência desses termos começou muito antes do surgimento do coronavírus. Desde o começo da vida, Elizandro convive com as dificuldades e desafios de quem sofre com problemas de mobilidade. Com uma irmã cadeirante por decorrência da poliomielite, e com o pai, já falecido, que precisou da cadeira de rodas após um derrame, o servidor aprendeu desde cedo a importância de compreender as dificuldades do outro e, principalmente, ajudar.
"Nós passamos por uma fase, lá atrás, em que minha irmã não tinha cadeira de rodas. Era difícil para se locomover, até mesmo dentro de casa. E não existia tanto essa questão de acessibilidade nas cidades, no transporte público. Nós passamos por vários constrangimentos, era bem complicado. Então, desde cedo, eu vi a falta que um equipamento ortopédico faz. Eu cheguei a ver minha irmã usando um pedaço de tapete para se locomover", revela Elizandro.