Saúde Covid-19

Abrabar/PR é contra Carnaval de rua em 2022: "errar uma vez é humano; duas é burrice", diz presidente

Segundo Aguayo, cinco dias de festas de Carnaval, não podem por em risco os outros 360 do ano de 2022

Por Gabriel Souza e Rafael Torquato

21/01/2022 às 10:56:54 - Atualizado há
Carnaval em Curitiba em foto de arquivo - Foto: Cesar Brustolin/SMCS

A Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas) é contra a execução do Carnaval em Curitiba, em 2022. O posicionamento da entidade, que representa o setor de bares e restaurantes no Paraná, foi apresentado à Banda B pelo presidente Fábio Aguayo, em entrevista nesta terça-feira (11). Para ele, "cinco dias de festas de Carnaval, não podem por em risco os outros 360 do ano".

Para defender seu posicionamento, Aguayo relembrou as consequências vividas pela população nos últimos dois anos devido a permissão às datas festivas pelos municípios. O presidente da Abrabar cita as cidades de Salvador, Florianópolis e Balneário Camboriú, como alguns exemplos de locais em que o Carnaval já foi cancelado.

"É bom lembrar que o Carnaval não é feriado. Então, se muitas empresas fazerem cumprir que o Carnaval não é feriado e/ou não é ponto facultativo, que o funcionário tem cumprir estes dias com trabalho […] já faz uma diferença. E óbvio, o poder público […], os estados que atraem muitas pessoas no Carnaval, que tenham consideração com outros estados e revejam essa política. Deixem a festa para os estabelecimentos, que têm controle de pessoas, sanitários e preventivos", afirmou.

Para Aguayo, o momento é de muito cuidado devido a alta de casos ativos na capital paranaense em decorrência da Covid-19, resultado da possível chegada da variante Ômicron, e também a variante do vírus Influenza H3N2, que tem preocupado as autoridades de saúde.

"Se deixar essas pessoas na rua […] sem controle, do mundo inteiro, vai virar um "Samba do Negacionismo". Depois, quem vai pagar as contas é todo o setor econômico, que já está sofrendo agora. […] As festas de fim de ano deram uma amostra grátis do que pode acontecer se a gente não se preparar para o Carnaval. A gente tem dois exemplos de anos seguidos. Errar uma vez, é humano; errar duas vezes, é burrice. O ser humano não é burro e tem o direito de não errar novamente", destacou.

Além das festas: bandeiras mais restritivas em Curitiba

Além da possível execução do Carnaval em Curitiba em 2022, o presidente da Abrabar comentou que não acredita que a capital volte a adotar medidas mais restritivas contra a Covid-19. Os altos índices de vacinação, segundo ele, será um fator decisivo para as realidades vividas nos últimos dois anos, não voltem a ocorrer.

"Curitiba é uma das cidades mais avançadas na gestão da vacina […]. Temos que aprender com os erros dos outros anos. As pessoas parecem que esqueceram dos protocolos básicos. Infelizmente, alguns estabelecimentos da nossa categoria também esqueceram e nós temos que reforçar isso […]. A gente confia muito na Prefeitura de Curitiba, que está fazendo este monitoramento, não acreditamos em restrições porque isto é coisa de cidade pequena, de prefeito que não sabe gerir uma crise como essa", disse.

Para isso também ser evitado, o presidente da Abrabar ressalta a importância da população se conscientize sobre a importância da imunização e busque, cada vez mais, os postos de saúde para conter o avanço do vírus.

"Temos que estimular as pessoas que têm medo da vacina ou que negam a vacina, que agora o interesse não é mais individual, mas coletivo. Não podemos retornar as medidas de 2020 e 2021 porque alguns cidadãos não querem lutar junto com a maioria. Enquanto uma entidade de classe e representante de setor, nós temos que estimular as pessoas a tomar a vacina. A fazer a 2ª dose, a tomar a 1ª ou tomar a dose de reforço, que é o meu caso. Eu acredito que é a minha parte como cidadão conter isso", finalizou à Banda B.

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Jornalista Luciana Pombo

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