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Como funciona o Bomb Crypto; jogo oferece recompensa em criptomoedas

Por Da Redação

20/01/2022 às 19:08:35 - Atualizado há

Lançado em setembro do ano passado no polêmico formato "play-to-earn" (em que o jogador recebe recompensas durante as partidas) o jogo Bomb Crypto apostou em trazer uma jogabilidade parecida com Bomberman, outro título de sucesso dos anos 80, para despertar o interesse do público.

O formato em si não é exatamente novo. Na verdade, o título que abriu portas para essa nova categoria de jogos baseados em blockchain foi Axie Infinity, que atraiu milhares de pessoas ao comprovar que era possível ganhar dinheiro na forma de criptomoedas jogando.

No Bomb Crypto, a premissa é: os jogadores precisam coletar BCOINs, a moeda digital da plataforma. No momento da publicação, uma unidade vale US$ 2,80 (cerca de R$ 15,20), segundo o CoinMarketCap.

Em meio a possibilidade de gerar uma renda extra, o game já possui uma base mundial de mais de 800 mil jogadores. Pensando nisso, preparamos um conteúdo especial sobre a novidade.

Como funciona o Bomb Crypto

De início, todo jogador precisa comprar um personagem para jogar, eles são vendidas na própria página do game na forma de NFT (token não fungível) por 10 unidades de BCOIN (cerca de US$ 28 e pouco mais de R$ 150 em conversão direta). 

Também é preciso ter uma carteira (ou wallet) própria para gastar e armazenar os ganhos em criptomoedas. Por ora,  a única compatível com o game é a MetaMask. Por meio de corretoras especializadas como a Binance, também é possível converter outras criptomoedas em BCOIN para comprar heróis e itens do jogo. 

Há seis tipos deles: comum, raro, super raro, épico, lendário e super lendário. Quanto mais raro, mais tempo ele consegue usar as suas habilidades para coletar as BCOINs. 

Vale ressaltar que a compra de um herói é totalmente aleatória, ou seja, não é possível escolher qual será o seu. A probabilidade de conseguir um super lendário, por exemplo, é de apenas 0,04%.

Se estiver disposto a investir mais, um jogador pode ter até 15 heróis trabalhando ao mesmo tempo, o que sairia na nossa moeda corrente por quase R$ 235,00. Por conta cadastrada, esse número salta para 500 personagens. 

Funciona assim: quando um dos heróis fica sem energia, é possível substituí-lo por outro personagem. Também dá para controlar a recuperação dos heróis comprando itens como poções e casas virtuais, por exemplo. 

A captura de tela mostra o interior de uma das casas virtuais de Bomb Crypto e três heróis com pouca energia.
A captura de tela mostra o interior de uma das casas virtuais do game e três heróis com pouca energia. Imagem: Bomb Crypto/Divulgação

Como de costume, residências em mundos virtuais podem ter preços exorbitantes. No Bomb Crypto não é diferente. Os valores partem de cerca de US$ 16 mil e podem ultrapassar a casa dos US$ 65 mil.

Dá para ganhar dinheiro jogando Bomb Crypto?

Depende de vários fatores. Para ficar com saldo positivo, é recomendado criar uma equipe com pelo menos cinco heróis trabalhando juntos, o que sai por 50 BCOIN (US$ 140). Em média, simulações indicam que é possível “minerar” diariamente 1,41 BCOIN dessa forma.

Na prática, em pouco mais de um mês, um jogador consegue recuperar o seu investimento inicial. Isso se não for considerado outro ponto-chave aqui: a queda no valor do BCOIN no mercado.

Ilustração da moeda digital BCOIN, o token oficial de Bomb Crypto.
Ilustração da moeda digital BCOIN. Imagem: Bomb Crypto/Reprodução

Vale destacar que o ativo digital já chegou a cair 50% desde meados de dezembro. Sendo assim, digamos que um jogador comprou seus primeiros cinco heróis em um dia de alta. Se mais a frente decidir desfazer o negócio, a chance de ter prejuízos aumenta em virtude da volatilidade do mercado de criptomoedas, isso sem considerar outras taxas cobradas para saques e retiradas (o valor mínimo para saques é de 40 BCOIN).

Como evitar riscos

A desvalorização da sua moeda digital não é o único risco de investir no game, jogos como o Bomb Crypto podem simplesmente perder a tração do momento e o interesse do público, o que pode fazer com que a BCOIN saia quase de graça. 

Possíveis brechas de segurança no código também podem abrir portas para ataques de cibercriminosos fazerem uma limpa na plataforma, gerando prejuízos para todos os envolvidos.

Levando tudo isso em conta, é preciso analisar de perto alguns fatores antes de gastar dinheiro em jogos como esse. Algumas dicas de especialistas em segurança cibernética são: avaliar o manual de um jogo, seu número de usuários, quais são as taxas cobradas e a equipe responsável pelo título. Dessa forma, dá para iniciar o seu investimento sem gerar dor de cabeça no futuro.

Sobre o Bomb Crypto, a empresa responsável é a desenvolvedora de jogos mobile Senspark. Fundada em 2011, a companhia tem outros jogos bem avaliados nas lojas de aplicativos, o que também ajuda a dar credibilidade ao projeto.

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Expectativas para a economia do jogo

Conforme o manual do projeto, 100 milhões de tokens podem ser extraídos, sendo que 21 milhões já estão em circulação, segundo a CoinGecko.

Para, José Artur Ribeiro, CEO da corretora de criptomoedas Coinext, a grande adesão de jogadores trouxe “uma estabilidade” temporária para o BCOIN. “Os desenvolvedores tiveram a oportunidade de aprimorar a economia do jogo e inserir novas funcionalidades e aspectos de reinvestimento no game”.

Outro ponto que serve de alerta na documentação do jogo é: praticamente um terço dos ativos digitais pertence a investidores e equipe, ou seja, se optarem por uma venda em larga escala, isso pode acabar com a economia do game.

Futuro incerto

Como se trata de um título novo, o Bomb Crypto possui apenas dois modos: o Treasury e o Story, o último foi lançado esta semana. Por enquanto, segundo especialistas em criptoativos, a desenvolvedora entregou o que se comprometeu, entretanto, como quase tudo que envolve o mundo dos ativos digitais, seu futuro ainda é incerto.

Considerando todo o nicho de games play-to-earn, o futuro é promissor, já que empresas gigantes do mundo dos games também estão de olho nesse mercado que distribui parte dos lucros entre os jogadores.

Com informações do Infomoney.

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Fonte: Olhar Digital
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