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Impa comemora 70 anos e quer maior aproximação com a sociedade

Por Agência Brasil

18/01/2022 às 12:55:44 - Atualizado há

Em relação ao futuro, Marcelo Viana disse que é preciso pensar como vai ser o Impa nas próximas décadas e qual contribuição ele pode dar à sociedade. "Isso significa apostar muito nos jovens, com programação voltada para eles, que ajude a desmistificar a matemática, a trazer pessoas - jovens e não jovens - para aproveitar a matéria".

Em outubro, o Impa vai promover o Festival Nacional de Matemática, repetindo evento realizado em 2017 que, em quatro dias, atraiu cerca de 20 mil visitantes. O festival será na Marina da Glória, no Aterro do Flamengo, com perfil voltado para a sociedade e que trata a matemática pelo lado lúdico, como forma de entretenimento e lazer.

Cientistas

Haverá ainda conferência científica, que começa dia 17 de outubro, com participação de prêmios Nobel de Matemática e ganhadores da medalha Fields, voltada para o público profissional da área. "Vai ser um ano inteiro com a visão de que o aniversário do Impa já não pertence só a ele, mas a toda a sociedade".

Entre pontos importantes da história do Impa que serão lembrados durante o ano estão sua fundação, internacionalização, conquista da medalha Fields (considerada o prêmio Nobel da matemática) e a promoção do Brasil no Grupo 5 da União Matemática Internacional (IMU, na sigla em inglês). Será debatida também a ampliação da Obmep.

Com apenas duas pesquisadoras do sexo feminino e 41 pesquisadores, o Impa está consciente da necessidade de abertura para a diversidade de gênero, bem como outras diversidades. Para Marcelo Viana, é necessário criar mecanismos e atitudes que favoreçam a diversidade, particularmente no Impa. "Eu gostaria muito de dizer que batemos o recorde em presença feminina. Mas não é simples porque, em todo o mundo, a carreira científica na área de ciências exatas atrai pouco as mulheres".

Segundo Viana, fatores socioculturais estão no centro dessa questão já que, em muitas casas, os meninos são mais incentivados a seguir carreiras de ciências exatas do que as meninas. Há uma perspectiva errônea de que mulheres são menos competitivas e análises como essa acabam influenciando as meninas quando vão decidir que carreira seguir.

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Jornalista Luciana Pombo

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