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Museu Tempostal convida para conhecer Salvador

Por Da Redação

15/01/2022 às 07:25:53 - Atualizado há

Divulgação

Localizado na Rua Gregório de Mattos, no Pelourinho, o Museu Tempostal tem seu principal atrativo nos cartões-postais – que durante muito tempo foram importante meio de comunicação para anunciar novidades, marcar pontos turísticos ou mandar um axé pra alguém. Fechado há mais de ano para reformas, o espaço reabriu as portas na sexta-feira (14), e volta propondo um diálogo entre o passado e o presente, através do projeto Museu Tempostal Convida.

A ideia é colocar o acervo permanente em paralelo com trabalhos contemporâneos. Neste primeiro momento, a parceria é com o  M.E. Ateliê da Fotografia, responsável pela exposição Olhares Plurais, com registros de 13 fotógrafos realizados em uma caminhada em julho passado, no percurso entre a Igreja do Santo Antônio da Barra e a Igreja do Santo Antônio Além do Carmo.

Os fotógrafos são Ale Fernandes, Alini Orathes, Cláudia Guanais, Heloisa Lima, Júlia Fernandes, Juray Castro, Lany Cruz, Rosa Carvalho, Silvana Lima, Sonia Nepo, Tatiana Menezes, Vitória Régia e Mário Edson, que é gestor do M.E. Ateliê da Fotografia e assina a curadoria. As imagens trazem detalhes das ruas ou flagrantes de casas neste trecho tão marcante de Salvador, que segue a sinuosidade da Avenida Sete, desce a Castro Alves até chegar do coração do Centro Histórico.   

Foto Lany Cruz

A mostra Outros Olhares reúne 13 fotógrafos (Foto: Lany Cruz/divulgação)


“A proposta era registrar arquitetura, pessoas, costumes, templos, tudo baseado na riqueza que temos. Foi algo bem livre, fizemos uma curadoria depois e montamos a exposição em julho. Acho bacana essa aproximação de registros contemporâneos com o acervo maravilhoso que o museu tem”, afirma Mario Edson. 

Certamente há muitos pontos em comum com as fotografias e cartões-postais da mostra Salvador de Múltiplos Encantos, que visita o acervo do Tempostal, com uma seleção de imagens datadas da segunda metade do século XX. Coordenadora do museu, Aiala Gonçalves explica que as duas exposições estão interligadas, “se completam” para falar de Salvador.

Para Aiala, a mostra é uma oportunidade de revisitar as festas populares realizadas durante o Verão, a exemplo da procissão do Bom Jesus dos Navegantes, Lavagem do Bonfim, Festa de Iemanjá e Carnaval. As imagens apresentam ainda o dia a dia em locais como o Mercado Modelo, a Avenida Contorno, o Parque de Pituaçu, o Farol da Barra e de Itapuã e diversas praias, além da culinária e religiosidade de matriz africana e práticas como a capoeira, o maculelê e a pesca de xaréu.

A requalificação do Tempostal, que foi criado em 1997 e e administrado pela Diretoria de Museus do IPAC, incluiu serviços de pintura externa e interna, limpeza de paredes de alvenaria e troca dos painéis expositores. “Utilizamos esse tempo de pandemia para trabalhar ainda mais na requalificação não só do espaço expositivo, mas também firmamos parcerias para levar ao público exposições com conteúdo e discussões de temáticas contemporâneas”, explica Aiala.

A entrada no espaço está condicionada à apresentação do comprovante de imunização contra a covid-19. Rua Gregório de Mattos, 33, Pelourinho. Visitação gratuita de terça a sexta, das 10h às 16h, e aos sábados, das 12h às 16h.


Doc sobre Leila Diniz  A plataforma de streaming Itaú Cultural Paly exibe em primeira mão o filme   Já que Ninguém me Tira para Dançar, sobre a atriz e ícone feminino Leila Diniz (1945-1972). Com direção e roteiro  de Ana Maria Magalhães, que foi muito amiga de Leila, o filme só foi apresentado em alguns festivais e ainda não tem previsão de estreia nos cinemas.  Único do longa-metragem sobre Leila Diniz, a produção mescla imagens de filmes, fotos e cenas ficcionais vividas por Leila –  interpretadas em momentos diferentes  por Lídia Brondi, Louise Cardoso e Lígia Diniz. E  mostra como  a atriz se tornou um símbolo de mudança, influenciadora de toda uma geração e rejeitada pelos generais e militares, além da sociedade conservadora do país naquele período de ditadura.

“Já que ninguém me tira para dançar mostra o modo de ser e de viver dos artistas e das jovens brasileiras nos anos 60, plenos de entusiasmo e ingenuidade”, conta Ana Maria. “As novas gerações não sabem quem foi Leila, uma atriz que valorizou a verdade, a liberdade e o amor, porque acreditava que as pessoas podem realizar as suas melhores potencialidades e não as piores”, completa a diretora. As sessões são gratuitas e acontecem  sábado e  domingo, das 19h às 23h.  Em março, mês do aniversário de Leila, o filme volta o cartaz na plataforma www.itauculturalplay.com.br


Foto Bob Wolfesen

Lina Bo Bardi em foto clássica de  Bob Wolfenson (Acervo MAM/Divulgação)

Um espaço para dialogar com a obra de Lina Bo Bardi  

Depois de 62 anos de sua instalação, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-Bahia) criou um espaço para homenagear à sua criadora, a arquiteta Lina Bo bardi (1914-1992). Instalado nas dependências do museu, o Espaço Lina é uma parceria com o Instituto Bardi, de São Paulo, e será inaugurado neste sábado, a partir do meio-dia.

Segundo o curador do MAM, Daniel Ragel, trata-se de um núcleo que estabelecerá diferentes diálogos com diferentes aspectos da obra de Lina e abrigará exposições, “servindo de ponto de encontro para pesquisas e investigações, por meio de eventos que possibilitem trocas de saberes e fazeres diversos”. “Com a abertura do Espaço Lina, o MAM celebra sua primeira diretora, ao valorizar seus pensamentos/projetos e ao reconhecer o papel fundamental de uma arquiteta mulher na formação cultural baiana e brasileira”, enfatiza Rangel. 

A primeira mostra  é Lina do Tempo Bo Bardi, que traz uma linha do tempo sobre a trajetória da italiana, objetos de arte popular como candeeiros da coleção formada por Lina no começo dos anos 1960, e um documentário produzido sobre a exposição O Museu de Dona Lina - que ocupa o Casarão do MAM e pode ser vista terça a domingo, das 13h às 17h.  

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