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Crateras do polo sul da Lua podem armazenar dióxido de carbono congelado


As regiões permanentemente sombreadas da Lua podem armazenar dióxido de carbono (CO2) congelado além da água, segundo novo estudo liderado pela Planetary Science Institute (PSI). O carbono tem diversas aplicações na exploração espacial, como a produção de combustível e biomateriais, coisas imprescindíveis para as futuras missões tripuladas no satélite natural da Terra.

O cientista planetário Norbert Schorghofer e sua equipe examinaram um total 11 anos de dados do Diviner Lunar Radiometer Experiment da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA. O objetivo era observar como a temperatura nas crateras da Lua mudavam com o passar do tempo.

Desde de 2009, a sonda LRO da NASA estuda a superfície da Lua a partir da órbita (Imagem: Reprodução/NASA)

Por mais sutil que seja para os observadores da Terra, a Lua também possui estações. Ou seja: conforme ela orbita nosso planeta — e, consequentemente, o Sol —, seus polos se inclinam levemente. Durante o ano lunar, estimado em 347 dias, a temperatura varia em determinadas áreas.

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De acordo com os dados do LRO, os pesquisadores observaram que, apesar de uma pequena quantidade de CO2 sólido pudesse sublimar durante o verão, na maioria das vezes as crateras lunares mantinham temperaturas frias o bastante para manter o CO2 protegido.

O mapa revela os possíveis locais do polo sul da Lua que poderiam conter dióxido de carbono sólido, representados na cor roxa (Imagem: Reprodução/PSI/Norbert Schorghofer))

Se realmente existir CO2 sólido nos polos lunares, o estudo estimou que ele poderia ser encontrado em uma área de 200 quilômetros quadrados onde as temperaturas seriam permanentemente baixas — em especial, na cratera Amundsen, onde as temperaturas giram em torno dos - 192 °C.

Armadilhas frias

Essas crateras são chamadas armadilhas frias, mas isto não é a mesma coisa que confirmar a presença de CO2 sólido na Lua. Tais armadilhas são aplicadas a modelos mecânicos para entender como ocorre a condensação do vapor em líquidos ou sólidos.

Mapa topográfico da região polar sul da Lua (Imagem: Reprodução/NASA/LROC/Arizona State University)

Segundo os modelos executados pela equipe, o CO2 poderia congelar nas regiões apontadas pelo estudo. Além disso, um dos satélites lunares da NASA detectou vapor de CO2 quando a LCROSS atingiu a superfície da Lua e produziu lançou uma nuvem de impacto.

Mesmo assim, apenas quando alguma sonda ou um astronauta conseguirem explorar a cratera Amundsen será possível confirmar (ou não) o CO2 sólido na Lua. Ainda assim, o novo estudo lança uma luz quanto aos recursos disponíveis por lá.

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