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Relembre todas as finais da Libertadores entre times brasileiros

Por Da Redação

27/11/2021 às 06:05:32 - Atualizado há

São Paulo de 2005, Internacional de 2006 e Palmeiras de 2020 venceram as finais disputadas entre times brasileiros

Pela quarta vez na história, a maior competição de clubes da América do Sul tem uma final 100% brasileira. Após a dobradinha vista na edição de 2020, com a decisão no Maracanã entre Palmeiras e Santos, o estádio uruguaio Centenário, em Montevidéu, receberá o duelo entre Flamengo e Palmeiras. A bola rola às 17h deste sábado (27), com transmissão em TV aberta pelo SBT.

Esse duelo será o terceiro entre equipes do mesmo país desde 2017, ano em que a Conmebol suspendeu a regra que proibia tal formatação de final. Mas o curioso é que, entre 1960 e 2004, a final com um único país só não aconteceu por meras coincidências. 

Até 2005, não havia uma regra que proibisse isso, até que um sequência de finais entre brasileiros fez a Conmebol proibir que dois times do mesmo país chegassem à decisão - o encontro passou a ser forçado na semifinal. Relembre agora as outras três finais entre clubes brasileiros na Libertadores e o impacto delas nas mudanças de regra da confederação.

São Paulo x Athletico Paranaense - 2005

Jogo de volta no Morumbi terminou com goleada para o São Paulo (Foto: Reprodução)

Bicampeão continental na época, o São Paulo protagonizou no ano de 2005 a final da Libertadores ao lado do Athetico Paranaense, que chegava pela primeira vez em uma decisão de copa internacional.

Os dois times alcançaram a competição através do Brasileirão de 2004. O São Paulo havia sido o 3º colocado, enquanto o Furacão tinha sido o vice-campeão. Na primeira fase, o São Paulo saiu invicto, com três vitórias e três empates, e na sequência eliminou o Palmeiras (nas oitavas), Tigres-MEX (quartas) e passou pelo River Plate em uma dura semifinal.

O Athletico teve mais dificuldade na fase inicial, se classificando em segundo lugar no grupo com 10 pontos - a mesma do colombiano Independiente Medellín, líder. Eliminou Cerro Porteño-PAR, Santos e Chivas Guadalajara-MEX no mata-mata e chegou na tão sonhada final.

Ainda disputada no formato de ida e volta, o primeiro jogo aconteceu fora do Paraná. Como a Arena da Baixada, em Curitiba, não tinha condições de receber a final, a partida foi transferida para o Beira-Rio, em Porto Alegre. O placar foi de 1x1, com gols de Aloísio, para o Furacão, e um gol contra de Durval, que empatou para os paulistas.

Na volta, um Morumbi lotado foi o cenário ideal para o São Paulo deslanchar. Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli fizeram os quatro gols da goleada por 4x0 e garantiram o tricampeonato do clube que não vencia desde a Era Telê.

São Paulo x Internacional - 2006

Fernandão, ídolo do Inter, levantando a taça na final no Beira-Rio (Foto: Jeffersson Bernardes/Divulgação)

Se a Libertadores passou mais de 40 anos sem uma final entre times do mesmo país, após a primeira dobradinha não demorou para chegar a uma nova decisão brasileira. No ano seguinte ao tri, o São Paulo voltou à final sustentando o status de atual campeão e enfrentou o Inter, que terminou com o vice-campeonato nacional em 2005. A fase de grupos, dessa vez, foi fácil para os brasileiros, que passaram em primeiro lugar em seus respectivos grupos. 

No mata-mata, o São Paulo, mais uma vez, despachou o Palmeiras nas oitavas, depois o Estudiantes, da Argentina, e chegou à final após bater o Chivas, do México, na semi. Já o Internacional não pegou brasileiros e eliminou Nacional-URU, LDU-EQU e Libertad-PAR.

O jogo de ida foi no Morumbi e terminou com uma vitória do Internacional por 2x1. Rafael Sóbis marcou duas vezes para os colorados e Edcarlos diminuiu o placar. Na volta, precisando da vitória, o São Paulo foi pra cima do Inter no Beira-Rio, mas sofreu um gol ainda no primeiro tempo. Fernandão, ídolo do Internacional, abriu o placar aos 29 minutos.

No segundo tempo, Fabão empatou para o tricolor paulista, Tinga voltou a colocar os donos da casa na frente e, no fim, Lenílson igualou em 2x2. Mas já não adiantava. Título para os colorados, que ainda viram o time naquele ano se tornar campeão mundial ao vencer o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho.

Palmeiras x Santos - 2020

Palmeiras foi bicampeão da Libertadores no Maracanã (Foto: César Greco/Palmeiras)

O hiato entre a final de 2006 e a retomada de brasileiros em uma decisão continental se deu pela proibição da Conmebol. As duas finais consecutivas entre os times do Brasil geraram incômodo entre os cartolas de outros sul-americanos, que exigiram uma mudança no regulamento.

Após 11 edições com a obrigatoriedade de times do mesmo país se enfrentarem nas fases de mata-mata até a semifinal, a confederação tirou a regra e, na final seguinte, River Plate e Boca Juniors se enfrentaram, com o caneco indo para a mão do River em 2018.

Mas voltando aos brasileiros, na temporada passada Palmeiras e Santos eliminaram justamente a dupla argentina citada acima nas semifinais e voltaram a protagonizar uma dobradinha brasileira após 14 anos. Dessa vez, além das arquibancadas (parcialmente) vazias por causa da pandemia de coronavírus, a final chegou com uma nova mudança: jogo único com estádio pré-definido. E quer um estádio melhor que o Maracanã para voltar a sediar um embate brasileiro? 

O jogo não foi lá essas coisas, muito amarrado e cauteloso por parte dos dois times. O placar de 0x0 persistiu até os 45 minutos do segundo tempo, quando, em uma substituição certeira, o técnico português Abel Ferreira colocou o atacante Breno Lopes no lugar certo e na hora certa. Gol de cabeça e título para o alviverde, que voltava a ganhar a Liberta depois de 21 anos.

Nas fases anteriores, a dupla brasileira passou bem na disputa dos grupos e depois protagonizou jogos emocionantes no mata-mata. O Palmeiras, na semi, fez 3x0 no River Plate na Argentina e, em casa, sofreu 2x0 e por pouco não ficou de fora. Já o Santos, eliminou a equatoriana LDU nas oitavas de final pelo gol qualificado fora de casa. Venceu por 2x1 como visitante e perdeu por 1x0 na Vila Belmiro.

Outra atualização da Conmebol para a próxima edição é que esse critério de desempate será abolido. Se os placares forem iguais, a disputa vai para os pênaltis.

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Jornalista Luciana Pombo

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