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Algoritmos

Inteligência artificial pode diagnosticar insuficiência cardíaca


Um algoritmo baseado em inteligência artificial criado por pesquisadores do Hospital Mount Sinai, em Nova York, conseguiu identificar mudanças em exames cardíacos. Com isso, a inteligência artificial foi capaz de prever se um paciente tinha risco de insuficiência cardíaca.

De acordo com o autor sênior do estudo, Benjamin Glicksberg, a equipe foi capaz de mostrar que os algoritmos de aprendizado profundo são capazes de reconhecer o bombeamento de sangue nos dois lados do coração. Normalmente, esse tipo de diagnóstico é caro e bastante demorado.

Para Glicksberg, o algoritmo baseado em inteligência artificial pode ser a chave para possibilitar diagnósticos mais rápidos e eficientes sobre casos de insuficiência cardíaca. Esta condição ocorre quando o coração bombeia menos sangue do que o corpo realmente precisa para funcionar.

Os eletrocardiogramas

Exames de eletrocardiograma podem ser difíceis de se realizar em alguns países. Crédito: Public Domain Pictures

Atualmente, o método mais utilizado para procurar pela insuficiência cardíaca é o exame de eletrocardiograma. Porém, em países que não possuem um sistema público e universal de saúde, como o nosso SUS e o NHS, do Reino Unido, este exame pode ser muito caro e trabalhoso.

Segundo um dos autores do estudo, Girish Nadkarni, a leitura dos resultados dos eletrocardiogramas tem sido um desafio para o diagnóstico da insuficiência cardíaca. Por isso, a inteligência artificial pode ser uma opção bastante interessante para detectar anomalias mais discretas.

Leitura dos ventrículos

Um exemplo disso é a fraqueza no ventrículo esquerdo do coração, que é a parte do órgão que empurra o sangue recém-oxigenado para o resto do corpo. No estudo, os pesquisadores treinaram um algoritmo de aprendizado profundo para detectar esse problema nos pacientes.

Além disso, a inteligência artificial também avaliou a força do ventrículo direito, que recebe o sangue desoxigenado e o bombeia para os pulmões. Após a programação, os pesquisadores fizeram com que o computador lesse mais de 700.000 eletrocardiogramas e relatórios de ecocardiogramas.

Ao todo, foram usados dados de mais de 150.000 pacientes que passaram por quatro hospitais do Sistema de Saúde Mount Sinai entre 2003 e 2020 para treinar o computador. Os dados de um quinto foram usados para testar o desempenho do algoritmo em um ambiente experimental diferente.

Relativa precisão

Os resultados iniciais apontaram que o algoritmo foi capaz de prever quais pacientes teriam ventrículos esquerdos saudáveis e quais teriam essa parte do coração mais fraca. A fraqueza foi definida pela fração de ejeção do ventrículo esquerdo, ou seja, quanto sangue é bombeado em cada batimento.

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Os corações saudáveis têm uma fração de ejeção de 50% ou mais, enquanto os corações fracos têm frações de ejeção iguais ou inferiores a 40%. O algoritmo obteve 94% de precisão na previsão de quais pacientes teriam ejeção saudável e 87% para prever quem teria o coração mais fraco.

Contudo, a inteligência artificial ainda precisa de algumas melhorias, já que não foi tão eficaz para prever quais pacientes teriam o coração ligeiramente enfraquecido. O programa foi somente 73% preciso para prever pacientes com fração de ejeção entre 40% e 50%.

Via: Medical Xpress

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