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Ponta Grossa

Pesquisadores da UEPG coletam água para análise em laboratório


Pesquisadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) estão colaborando na busca por respostas a respeito da recente descoberta de microcrustáceos na água que abastece o município. No último final de semana, alguns deles coletaram amostras para identificar os microrganismos e determinar seu aparecimento.

Em meio aos quatro pesquisadores envolvidos está Henrique Pontes, professor do Departamento de Geociências, geógrafo e doutor em Geologia Ambiental. Segundo ele, o material coletado será enviado nesta semana para um laboratório de pesquisa de pequenos organismos, em Minas Gerais, para obter o parecer de especialistas.

“Um colega nosso já identificou que se trata não de uma, mas de várias espécies de microrganismos. O detalhamento depende de análise mais aprofundada. Acreditamos que essa resposta deve vir em duas a três semanas”, afirma Pontes.

Ele lembra que a presença de microcrustácelos é muito comum em lagos e rios, e seria comum eles chegarem até a estação de tratamento. “O que é incomum é se desenvolverem em grandes quantidades e passarem por todo o sistema de tratamento da Sanepar”, diz. Nesse contexto, o desafio é identificar o problema e impedir que se repita. “Os  organismos têm, em média, um milímetro. São visíveis a olho nu e o questionamento é: se esses organismos passaram, outros materiais sólidos também podem ter passado?”

Hipótese

Uma das hipóteses dos especialistas é que esses organismos não sejam invasores, mas já estavam na Represa de Alagados e tinham suas populações controladas. Com a estiagem, a quantidade de matéria orgânica disponível teria ficado concentrada nos reservatórios, o que tornou o ambiente favorável para a proliferação de algas e plâncton, que consiste no alimento para essas espécies.

Prefeita Elizabeth cobra providências da Sanepar

Após os relatos de moradores sobre a presença de pequenos organismos na água, a prefeita Elizabeth Schmidt cobrou providências da concessionária Sanepar. “Notificamos a concessionária, exigindo que tome imediatamente as medidas para resolução desse problema. A Secretaria de Meio Ambiente está acompanhando de perto essas ações e esteve no último sábado na Represa Alagados, juntamente com IAT, Sanepar e Copel”, ressalta a prefeita.

Sanepar

A reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais entrou em contato com a Sanepar que, em nota, informou que já está atendendo o pedido da prefeita e reforçou que “a água da Sanepar está atendendo aos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde”. Caso algum morador identifique alteração de sabor, consistência ou na coloração da água, a orientação é informar imediatamente os órgãos responsáveis. Pode ser através do Prefeitura 156 ou diretamente com a Sanepar pelo 0800 200 0115. (Luana Souza)

Projeto propõe maior fiscalização nos serviços

Projeto de lei 289/21, protocolado pelos vereadores Julio Kuller (MDB) e Joce Canto (PSC) propõe aumentar a fiscalização nos serviços prestados pela Sanepar em Ponta Grossa. Pelo PL, que propõe alterações na lei 13.762/20 – que atribui à Secretaria Municipal de Meio Ambiente a competência de supervisionar os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município – a Secretaria de Meio Ambiente deverá realizar bimestralmente a fiscalização de organolépticas, fisico-químicas e microbiológicas nos serviços de abastecimento de água e esgoto.

A apresentação do projeto de lei acontece depois que a Sanepar confirmou, na última sexta-feira (15), ter constatado a presença de microrganismos na água distribuída em Ponta Grossa, depois que moradores de diferentes regiões da cidade relataram, por meio das redes sociais, a presença de corpos estranhos na água.

DCMais

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