PolĂ­tica

Conselhão aprova processo contra 11 procuradores da Lava Jato Rio

Por Notícias Ao Minuto

19/10/2021 às 22:57:24 - Atualizado hĂĄ
Notícias Ao Minuto

Foram oito votos a favor da abertura do processo, um contrĂĄrio e outros dois favorĂĄveis à abertura de sindicância. A maioria do colegiado entendeu que hĂĄ 'justa causa' para o aprofundamento do caso. O procedimento disciplinar pode terminar em suspensão e até demissão.

Prevaleceu o entendimento de que parte dos dados estava encoberta por sigilo judicial na data em que eles foram divulgados no site institucional. "O ponto central que nós temos que debater para referendar esse PAD é se o membro do Ministério PĂșblico, como titular da ação penal, como aquele que oferece a denĂșncia que é o ato inaugural da ação penal, tem o domĂ­nio do sigilo daqueles dados que são sigilosos por lei", disse o corregedor. "São fatos que estavam sob o sigilo dos procedimentos e não poderiam ser publicizados", acrescentou.

O procedimento atinge os procuradores Eduardo El Hage, Fabiana Schneider, Marisa Ferrari, José Vagos, Gabriela Câmara, Sergio Dias, Rodrigo Silva, Stanley Silva, Felipe Leite, Renata Baptista e Tiago Martins.

Na semana passada, a Câmara de Combate à Corrupção do Ministério PĂșblico Federal aprovou uma orientação com diretrizes para a divulgação das denĂșncias oferecidas por promotores e procuradores. A norma estabelece o 'dever de publicidade' mesmo quando a investigação que subsidiou as acusações estiver sob sigilo e independente do recebimento ou não da denĂșncia pela Justiça - tese defendida pelos procuradores da Lava Jato do Rio junto ao CNMP.

Na sessão colegiada desta segunda, 18, o CNMP aplicou pena de demissão ao procurador da RepĂșblica Diogo Castor de Mattos, que integrou a Lava Jato em Curitiba, pela compra de um outdoor para homenagear a força-tarefa.

Os reveses aos membros da extinta Lava Jato foram impostos pelo Conselhão em meio à tramitação, na Câmara, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tenta reformar o órgão, sob argumento de que hĂĄ 'sensação de corporativismo e de impunidade' envolvendo sua atuação. O texto recebeu, de procuradores e promotores, o apelido de 'PEC da Vingança' - uma resposta da classe polĂ­tica a investigações contra a corrupção. Os deputados devem votar ainda hoje a proposta.

Fonte: NotĂ­cias Ao Minuto
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