Um tema muito recorrente nos Ășltimos dias é o debate sobre pobreza menstrual. A discussão vem sempre pela via das polĂticas pĂșblicas, que de fato encontra a razão das pessoas que são atingidas.
Esse é um problema bastante complexo, e que atinge as pessoas que menstruam de formas cruéis. Além de um problema social, vemos um problema de saĂșde, e por consequĂȘncia, de saĂșde mental.
Mas qual o impacto direto desse tipo de situação?
Sempre vale lembrar que para a OMS – Organização Mundial da SaĂșde o conceito de saĂșde diz respeito ao indivĂduo que se sente bem nas esferas biopsicossocial e espiritual. Logo de inĂcio, vemos uma série de problemas que envolvem esse conceito a partir do tema deste artigo.
As pessoas que menstruam, não possuem no mĂnimo, a dignidade de contar com as condições necessĂĄrias durante o perĂodo menstrual, como indicam os médicos. Dessa forma, acabam expostas a problemas graves de saĂșde.
Isso passa também por todo o debate de educação sexual, que é precĂĄrio nas periferias. E quando as pessoas possuem feridas desse tipo (social e fĂsica), a saĂșde mental também é abalada fortemente.
O fato de não frequentarem os lugares por medo ou receio de serem ridicularizadas, faz com que essas pessoas se tornem mais reclusas, longe do convĂvio social, e por consequĂȘncia com dificuldades para criarem novos laços.
Isso não se atribui somente a amizades, mas também ao fato da ausĂȘncia em escolas, espaços de ensino, ou no mercado de trabalho.
Portanto, afeta as relações sociais e produtivas, que são importantes para vencer uma situação de pobreza. Considerando que isso faz parte da vida de quem menstrua por um bom tempo, como ela se vĂȘ perante à sociedade?
Outro risco é o fato de utilizarem de recursos não indicados como, por exemplo, pedaços de pano, para que tenham a condição de circularem nesses ambientes. Mas, que ser humano é esse que estĂĄ circulando e em quais condições de risco a saĂșde? Esse tema deve ser alvo de preocupação de toda a comunidade e não somente do poder pĂșblico.
Por isso todos os setores sociais podem, e devem, debater cada vez mais por vias diferentes. O que é muito importante para avançarmos nesse conceito.
Falar da pobreza menstrual, é ir muito além do que somente o problema pontual, mas também tudo o que ele pode trazer como consequĂȘncia.
Garantir a entrega de absorventes descartĂĄveis para a população carente, também é uma maneira de cuidar da saĂșde mental e assegurar os direitos que essas pessoas possuem pela constituição.
Além disso, é sobre entender que um ser humano merece ser cuidado, especialmente quando não possui condições financeiras para isso. Essa é uma forma de acolher quem precisa, e dar base para que essas pessoas se tornem protagonistas de suas histórias!
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