Lula usa ministros "rebeldes" para enfraquecer Centrão e mirar 2026

A estratégia arriscada do presidente para dividir a oposição e pavimentar o caminho para o futuro.

Por Da Redação em 08/10/2025 às 12:49:30

Em uma jogada que mistura silêncio e estratégia, o presidente Lula tem utilizado uma tática para lá de astuta: manter ministros da União Brasil e do Progressistas (PP) em seus cargos, mesmo sob pressão de seus próprios partidos. A ideia? Semear discórdia interna e enfraquecer a poderosa federação União-PP. É como plantar uma semente de discórdia em terreno fértil, esperando que ela germine e cause uma bela implosão.

Analistas políticos de Brasília têm acompanhado de perto essa movimentação, descrevendo-a como um cálculo frio para desestabilizar o Centrão e diminuir a influência de seus líderes em nível nacional. A lógica é simples e direta: ministros como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esportes), ambos filiados a partidos da federação, agarram-se aos seus postos no governo, desafiando as ordens de suas cúpulas partidárias. Lula, por sua vez, observa a situação e joga com a seguinte mensagem: "Quer continuar no governo? Ótimo. Quer sair? A porta está aberta".

O resultado prático dessa manobra é uma corrosão interna na União-PP. Ao manter seus ministros em posições estratégicas, Lula garante que eles exerçam influência direta sobre as bases regionais e, consequentemente, enfraqueçam a disciplina partidária. Nos bastidores do Palácio do Planalto, a estratégia é vista como uma forma de neutralizar possíveis candidaturas unificadas contra o PT em 2026. Afinal, com o controle de ministérios e seus respectivos orçamentos, esses ministros leais ao governo têm a faca e o queijo nas mãos para impulsionar candidaturas locais e atrair prefeitos, deputados estaduais e outras lideranças regionais, mesmo que isso vá contra as diretrizes nacionais da federação.

Lula vai usar apego de ministros aos cargos para implodir federação União-PP
Lula - Foto: © Valter Campanato/Agência Brasil

A bomba-relógio no xadrez político

Entretanto, nem tudo são flores nessa estratégia. A tática de Lula não está isenta de riscos. Se, por um lado, ela tem o potencial de implodir a coesão da União-PP e abrir caminho para o PT em estados-chave, por outro, pode provocar uma reação furiosa dos líderes nacionais da federação. Não seria surpreendente se eles buscassem retaliar, articulando-se no Congresso e até mesmo aplicando sanções internas contra os parlamentares considerados "rebeldes".

No intrincado xadrez político de Brasília, Lula parece apostar que a permanência desses ministros funcionará como uma verdadeira "bomba-relógio" dentro da União-PP. Enquanto garante um apoio pontual ao governo, essa estratégia também gera instabilidade em uma das principais forças de oposição. Resta saber se a aposta se provará certeira ou se a bomba explodirá no colo do próprio governo.

"Quem quiser continuar no governo, continuará; quem quiser romper, que rompa." - afirmou o presidente Lula, sinalizando sua estratégia.
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